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19 de jan. de 2013

Janet MOYLES "A excelência do Brincar"

Resenha do Livro "A excelência do Brincar", 


de Janet MoylesMOYLES. Janet R. [et al]. A excelência do brincar. Porto Alegre: Artmed, 2006. 248 p.


A professora titular de educação na University of Leicester, Janet R. Moyles, é responsável pela educação inicial e pela formação dos professores de educação infantil inicial. Seus livros incluem Só brincar? Publicado pela Artmed.
Moyles organiza um livro coletânea, onde há vários artigos escritos por estudiosos dessa temática que discuti o brincar como sendo essencial para a criança, tanto fora da escola, como no contexto educacional. Elucida que o brincar quando é mandado é diferente do brincar livre, do cotidiano, onde a estruturação, as regras, o tempo, tudo é feito pela própria criança. E como garantir essa excelência e a qualidade na provisão do brincar? Sendo um fator fundamental para a elevação da educação infantil e posterior.
No primeiro capítulo, o autor Peter K. Smith, professor de Psicologia, faz suas pesquisas em várias comunidades, com tipos diversificados de culturas, e por meio dessas pesquisas, demonstra que o brincar vai depender dessa cultura local, e das manifestações dos adultos frente a esse direito que é, e que deve ser de toda criança. Na maioria das sociedades, desta forma, o brincar é aceito como atividade infantil, porém sua importância não é reconhecida como parte fundamental do desenvolvimento cognitivo, social, entre outros.
A autora Hislam, professora de didática, faz seus estudos acerca de como está organizada a questão do gênero no brincar. Verificando os espaços do brincar de faz-de-conta em que há predominância feminina em detrimento à figura masculina. A autora alerta para que os educadores possam estar trabalhando essas questões de forma diversificada, para não fomentar os esteriótipos determinados pela sociedade.
Brown é diretor de uma escola de ensino fundamental, e realizou suas observações e estudos acerca do brincar no pátio, um dos poucos espaços tido pelas crianças para brincar livremente. Diz que, as brincadeiras e os jogos constituem a base em torno da qual giram as atividades sociais e culturais das crianças. E a forma em que as crianças lidam com os conflitos que envolvem a brincadeira determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver maior competência e, conseqüentemente, conquistar status.
Anning é professora do ensino de artes para as primeiras séries, abre o segundo capítulo do livro, refletindo sobre o currículo nacional, desenvolvido por uma sociedade machista que não tem uma visão ampla sobre o brincar e suas conseqüências no desenvolvimento infantil e posterior, desta forma traz pressupostos relevantes para a discussão de um possível currículo alternativo baseado nos estudos de Gardner que defende a existência de oito tipos de inteligências, sendo elas: lingüística, lógico-matemática, musical/auditiva, visual/espacial, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e intuititva/epiritual. Compor um currículo observando essas e tantas outras peculiaridades da educação infantil seria chegar ao ideal da educação.
Abbot é professora de didática em educação infantil, relata no seu artigo que, se o educador conhece o contexto das crianças e seus pais, as atividades que envolvem o brincar estarão sendo desenvolvidas com tranqüilidade. Defende também, que o brincar como oportunidade de construção cognitiva é essencial para o currículo da educação infantil.
Responsável pela disciplina de educação fundamental, Kitson escreve seu artigo sobre a importância do brincar sociodramático, em que a criança faz uso da sua fantasia. Estudos aprofundados por Freud, considerado o maior psicalanista de todos os tempos, enfatiza que, por meio do brincar sociodramático, os educadores podem criar uma situação e uma motivação que estimularão as crianças a se comportarem e a funcionarem em um nível cognitivo acima da sua norma.
Heaslip é consultor sobre a primeira infância, e desta forma acredita que apesar de atualmente a televisão está tomando conta dos espaços, os quais as crianças poderiam estar brincando, a escola precisa empregar uma avaliação de baixo para cima, sendo assim, a escola estará desempenhando sua responsabilidade cada vez maior de garantir que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma maneira que seja apropriada para elas, por meio do brincar.
Hall é professor titular na School of Education, argumenta que o letramento deve fazer parte do cotidiano das crianças, e não, empurrado de goela abaixo. Desta forma, o autor reforça a idéia de um currículo com fundamentos no brincar, e mais uma vez é visto a defesa do posicionamento do professor, o qual precisa reconhecer que o brincar realmente oferece às crianças experiências ampliadas.
O diretor do Departamento de Arte e Design no Institute of Education, Prentice, acredita e defende que o ensino de artes deva fazer parte do currículo nacional para a educação infantil. E as atividades que serão desenvolvidas sobre artes, dando as crianças a possibilidade de conhecer formas tridimensionais, bidimensionais, cores, entre outras, deverão ser planejadas pelo professor de forma a “prender” o aluno nessas atividades.
Riley é professor de no curso de pós-graduação em educação e Savage é professora de didática da educação de ensino fundamental no Institute of Education, eles desenvolvem o seu artigo demonstrando em forma de algumas pesquisas a importância e o interesse das crianças nas atividades de ciências, acreditando, ser essa uma temática a ser explorada não apenas do ensino fundamental com crianças de 11 anos em diante, mas sim fazer um trabalho planejado desde a educação infantil. Defendem que essas atividades devam ser bem planejadas, sistematizadas e estruturadas, para proporcionar uma verdadeira aprendizagem científica convincente e apropriada.
Griffiths é professora de educação na University of Leicester e desenvolve um rico trabalho em relação a matemática e o brincar, no seu artigo ela também, demonstra algumas atividades com relação à temática desenvolvida. Acredita també, que existam cinco fatores-chave para se defender as vantagens de aprender a matemática por meio do brincar, entre eles estão: propósito, ou seja, tudo que fazemos fica mais fácil de se aprender quando se tem um propósito, e o propósito das crianças é sempre o divertimento; contextualizar as atividades através do brincar, ajuda as crianças entenderem os vínculos entre idéias concretas e abstratas. Os demais fatores-chave estão explicitados acerca do controle e a responsabilidade, tempo e atividade prática.
Pascal e Bertram ambos são professores de educação no Worcester College of Higher Education e no seu artigo eles se focalizam em destacar dez dimensões da qualidade do brincar, e defende que as mesmas estão separadas para melhor serem entendidas, mas no trabalho pedagógico elas são vistas inter-relacionadas. A primeira dimensão são as metas e objetivos, esta dimensão refere-se às declarações escritas e faladas a respeito de políticas, em um ambiente em que as metas e os objetivos da provisão do brincar são explicitados. A segunda dimensão é o currículo esta dimensão tem a ver com a variedade e o equilíbrio das atividades lúdicas oferecidas e com as oportunidades de aprendizagem que elas proporcionam às crianças. A terceira dimensão são as estratégias de aprendizagem e ensino esta dimensão tem a ver com o modo como o brincar é organizado e estruturado para incentivar a aprendizagem e descoberta. A quarta dimensão é o planejamento, avaliação e manutenção de registros esta dimensão examina como o brincar é planejado e questões com quem está envolvido no processo do planejamento e em que média o planejamento está baseado na avaliação anterior da atividade lúdica. A quinta dimensão se refere a equipe esta dimensão focaliza as oportunidades de envolvimento da equipe na atividade lúdica das crianças. A sexta dimensão refere-se ao ambiente físico examina o contexto em que o brincar ocorre. A acessibilidade, as condições e a adequação dos equipamentos lúdicos são documentadas. A sétima dimensão são os relacionamentos e interações esta dimensão examina como as crianças e os adultos interagem em seu brincar. A oitava dimensão refere-se às oportunidades iguais, ou seja, à maneira pela qual o brincar reflete e celebra a diversidade cultural e física e contesta estereótipos. A nona dimensão se refere a ligação e parceria com os pais esta dimensão focaliza a natureza da parceria com os pais e as maneiras pelas quais eles, e outros membros da comunidade local, estão envolvidos nas atividades lúdicas. A décima dimensão refere-se ao monitoramento e a avaliação esta dimensão examina os procedimentos pelos quais monitoramos e avaliamos a qualidade e a efetividade das políticas lúdicas. No decorrer do artigo os autores desenvolvem um modelo de avaliação e melhoramento do brincar, em que o processo de refletir, justificar e narrar aumente o entendimento profissional dos educadores e que os mesmos se tornem mais confiantes, mais conhecedores e mais articulados em sua defesa da importância e da excelência do brincar na educação infantil.
Hurst é professora no Goldsmiths College, University of London no seu artigo relata algumas estratégias de observação do brincar na primeira infância, relata que os educadores têm muita dificuldade para fazer a observação principalmente quando os mesmos estão sob pressão devido a recursos inadequados de equipe, acomodação, espaço ao ar livre e equipamentos. No decorrer do artigo a autora disponibiliza alguns formulários de observação, que precisam ser o mais simples possível. Desta forma termina o seu artigo defendendo o brincar, e solicitando aos educadores que nos seus estudos, tentem convencer os pais da importância do brincar na aprendizagem.
Bruce é ex-diretora do Center for Early Childhood Studies no Froebel Institute defende de forma geral o brincar livre, em que a criança irá contextualizar o brincar de forma que tenha maior significado para ela é o brincar de fluxo livre. Segundo Erikson, por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro. A autora desenvolve uma preocupação em relação ao pouco tempo que as crianças da sociedade atual tem para brincar e fluxo livre, ou seja, elas estão cada vez mais dentro da escola formal. E mais uma vez é visto a defesa de um currículo apropriado e de qualidade. Enfatiza também que uma sociedade onde as crianças não brincam de fluxo livre provavelmente desmoronará.
No posfácio Moyles na tentativa de concluir o livro, atividade essa complexa, a autora demonstra concordar com os demais artigos, no que se refere à tentativa de defender a excelência do brincar. E alerta aos professores o valor que existe no brincar infantil e como ele pode ser transformado em um poderoso instrumento de aprendizagem.
Por fim a autora deixa uma fala de uma criança para demonstrar o que é o brincar para ela.
O livro “A excelência do brincar” tem uma leitura leve, prazerosa, e acima de tudo reflexiva o que possibilita aos educadores um novo olhar sobre o brincar e as verdadeiras possibilidades que o mesmo traz na vida da criança e posteriormente.
Este livro é de suma importância e não pode faltar nas leituras de todos os educadores mundiais, que precisam se inteirar das questões que envolvem a educação infantil nas muitas facetas que envolvem essa etapa da educação. Para os pais, é recomendada a leitura desse livro para desmistificar a idéia de que o brincar não leva a aprendizagem. E para que tanto educadores, como pais se envolvam mais no mundo do brincar.
A professora titular de educação na University of Leicester, Janet R. Moyles, é responsável pela educação inicial e pela formação dos professores de educação infantil inicial. Seus livros incluem Só brincar? Publicado pela Artmed.
Moyles organiza um livro coletânea, onde há vários artigos escritos por estudiosos dessa temática que discuti o brincar como sendo essencial para a criança, tanto fora da escola, como no contexto educacional. Elucida que o brincar quando é mandado é diferente do brincar livre, do cotidiano, onde a estruturação, as regras, o tempo, tudo é feito pela própria criança. E como garantir essa excelência e a qualidade na provisão do brincar? Sendo um fator fundamental para a elevação da educação infantil e posterior.
No primeiro capítulo, o autor Peter K. Smith, professor de Psicologia, faz suas pesquisas em várias comunidades, com tipos diversificados de culturas, e por meio dessas pesquisas, demonstra que o brincar vai depender dessa cultura local, e das manifestações dos adultos frente a esse direito que é, e que deve ser de toda criança. Na maioria das sociedades, desta forma, o brincar é aceito como atividade infantil, porém sua importância não é reconhecida como parte fundamental do desenvolvimento cognitivo, social, entre outros.
A autora Hislam, professora de didática, faz seus estudos acerca de como está organizada a questão do gênero no brincar. Verificando os espaços do brincar de faz-de-conta em que há predominância feminina em detrimento à figura masculina. A autora alerta para que os educadores possam estar trabalhando essas questões de forma diversificada, para não fomentar os esteriótipos determinados pela sociedade.
Brown é diretor de uma escola de ensino fundamental, e realizou suas observações e estudos acerca do brincar no pátio, um dos poucos espaços tido pelas crianças para brincar livremente. Diz que, as brincadeiras e os jogos constituem a base em torno da qual giram as atividades sociais e culturais das crianças. E a forma em que as crianças lidam com os conflitos que envolvem a brincadeira determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver maior competência e, conseqüentemente, conquistar status.
Anning é professora do ensino de artes para as primeiras séries, abre o segundo capítulo do livro, refletindo sobre o currículo nacional, desenvolvido por uma sociedade machista que não tem uma visão ampla sobre o brincar e suas conseqüências no desenvolvimento infantil e posterior, desta forma traz pressupostos relevantes para a discussão de um possível currículo alternativo baseado nos estudos de Gardner que defende a existência de oito tipos de inteligências, sendo elas: lingüística, lógico-matemática, musical/auditiva, visual/espacial, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e intuititva/epiritual. Compor um currículo observando essas e tantas outras peculiaridades da educação infantil seria chegar ao ideal da educação.
Abbot é professora de didática em educação infantil, relata no seu artigo que, se o educador conhece o contexto das crianças e seus pais, as atividades que envolvem o brincar estarão sendo desenvolvidas com tranqüilidade. Defende também, que o brincar como oportunidade de construção cognitiva é essencial para o currículo da educação infantil.
Responsável pela disciplina de educação fundamental, Kitson escreve seu artigo sobre a importância do brincar sociodramático, em que a criança faz uso da sua fantasia. Estudos aprofundados por Freud, considerado o maior psicalanista de todos os tempos, enfatiza que, por meio do brincar sociodramático, os educadores podem criar uma situação e uma motivação que estimularão as crianças a se comportarem e a funcionarem em um nível cognitivo acima da sua norma.
Heaslip é consultor sobre a primeira infância, e desta forma acredita que apesar de atualmente a televisão está tomando conta dos espaços, os quais as crianças poderiam estar brincando, a escola precisa empregar uma avaliação de baixo para cima, sendo assim, a escola estará desempenhando sua responsabilidade cada vez maior de garantir que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma maneira que seja apropriada para elas, por meio do brincar.
Hall é professor titular na School of Education, argumenta que o letramento deve fazer parte do cotidiano das crianças, e não, empurrado de goela abaixo. Desta forma, o autor reforça a idéia de um currículo com fundamentos no brincar, e mais uma vez é visto a defesa do posicionamento do professor, o qual precisa reconhecer que o brincar realmente oferece às crianças experiências ampliadas.
O diretor do Departamento de Arte e Design no Institute of Education, Prentice, acredita e defende que o ensino de artes deva fazer parte do currículo nacional para a educação infantil. E as atividades que serão desenvolvidas sobre artes, dando as crianças a possibilidade de conhecer formas tridimensionais, bidimensionais, cores, entre outras, deverão ser planejadas pelo professor de forma a “prender” o aluno nessas atividades.
Riley é professor de no curso de pós-graduação em educação e Savage é professora de didática da educação de ensino fundamental no Institute of Education, eles desenvolvem o seu artigo demonstrando em forma de algumas pesquisas a importância e o interesse das crianças nas atividades de ciências, acreditando, ser essa uma temática a ser explorada não apenas do ensino fundamental com crianças de 11 anos em diante, mas sim fazer um trabalho planejado desde a educação infantil. Defendem que essas atividades devam ser bem planejadas, sistematizadas e estruturadas, para proporcionar uma verdadeira aprendizagem científica convincente e apropriada.
Griffiths é professora de educação na University of Leicester e desenvolve um rico trabalho em relação a matemática e o brincar, no seu artigo ela também, demonstra algumas atividades com relação à temática desenvolvida. Acredita també, que existam cinco fatores-chave para se defender as vantagens de aprender a matemática por meio do brincar, entre eles estão: propósito, ou seja, tudo que fazemos fica mais fácil de se aprender quando se tem um propósito, e o propósito das crianças é sempre o divertimento; contextualizar as atividades através do brincar, ajuda as crianças entenderem os vínculos entre idéias concretas e abstratas. Os demais fatores-chave estão explicitados acerca do controle e a responsabilidade, tempo e atividade prática.
Pascal e Bertram ambos são professores de educação no Worcester College of Higher Education e no seu artigo eles se focalizam em destacar dez dimensões da qualidade do brincar, e defende que as mesmas estão separadas para melhor serem entendidas, mas no trabalho pedagógico elas são vistas inter-relacionadas. A primeira dimensão são as metas e objetivos, esta dimensão refere-se às declarações escritas e faladas a respeito de políticas, em um ambiente em que as metas e os objetivos da provisão do brincar são explicitados. A segunda dimensão é o currículo esta dimensão tem a ver com a variedade e o equilíbrio das atividades lúdicas oferecidas e com as oportunidades de aprendizagem que elas proporcionam às crianças. A terceira dimensão são as estratégias de aprendizagem e ensino esta dimensão tem a ver com o modo como o brincar é organizado e estruturado para incentivar a aprendizagem e descoberta. A quarta dimensão é o planejamento, avaliação e manutenção de registros esta dimensão examina como o brincar é planejado e questões com quem está envolvido no processo do planejamento e em que média o planejamento está baseado na avaliação anterior da atividade lúdica. A quinta dimensão se refere a equipe esta dimensão focaliza as oportunidades de envolvimento da equipe na atividade lúdica das crianças. A sexta dimensão refere-se ao ambiente físico examina o contexto em que o brincar ocorre. A acessibilidade, as condições e a adequação dos equipamentos lúdicos são documentadas. A sétima dimensão são os relacionamentos e interações esta dimensão examina como as crianças e os adultos interagem em seu brincar. A oitava dimensão refere-se às oportunidades iguais, ou seja, à maneira pela qual o brincar reflete e celebra a diversidade cultural e física e contesta estereótipos. A nona dimensão se refere a ligação e parceria com os pais esta dimensão focaliza a natureza da parceria com os pais e as maneiras pelas quais eles, e outros membros da comunidade local, estão envolvidos nas atividades lúdicas. A décima dimensão refere-se ao monitoramento e a avaliação esta dimensão examina os procedimentos pelos quais monitoramos e avaliamos a qualidade e a efetividade das políticas lúdicas. No decorrer do artigo os autores desenvolvem um modelo de avaliação e melhoramento do brincar, em que o processo de refletir, justificar e narrar aumente o entendimento profissional dos educadores e que os mesmos se tornem mais confiantes, mais conhecedores e mais articulados em sua defesa da importância e da excelência do brincar na educação infantil.
Hurst é professora no Goldsmiths College, University of London no seu artigo relata algumas estratégias de observação do brincar na primeira infância, relata que os educadores têm muita dificuldade para fazer a observação principalmente quando os mesmos estão sob pressão devido a recursos inadequados de equipe, acomodação, espaço ao ar livre e equipamentos. No decorrer do artigo a autora disponibiliza alguns formulários de observação, que precisam ser o mais simples possível. Desta forma termina o seu artigo defendendo o brincar, e solicitando aos educadores que nos seus estudos, tentem convencer os pais da importância do brincar na aprendizagem.
Bruce é ex-diretora do Center for Early Childhood Studies no Froebel Institute defende de forma geral o brincar livre, em que a criança irá contextualizar o brincar de forma que tenha maior significado para ela é o brincar de fluxo livre. Segundo Erikson, por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro. A autora desenvolve uma preocupação em relação ao pouco tempo que as crianças da sociedade atual tem para brincar e fluxo livre, ou seja, elas estão cada vez mais dentro da escola formal. E mais uma vez é visto a defesa de um currículo apropriado e de qualidade. Enfatiza também que uma sociedade onde as crianças não brincam de fluxo livre provavelmente desmoronará.
No posfácio Moyles na tentativa de concluir o livro, atividade essa complexa, a autora demonstra concordar com os demais artigos, no que se refere à tentativa de defender a excelência do brincar. E alerta aos professores o valor que existe no brincar infantil e como ele pode ser transformado em um poderoso instrumento de aprendizagem.
Por fim a autora deixa uma fala de uma criança para demonstrar o que é o brincar para ela.
O livro “A excelência do brincar” tem uma leitura leve, prazerosa, e acima de tudo reflexiva o que possibilita aos educadores um novo olhar sobre o brincar e as verdadeiras possibilidades que o mesmo traz na vida da criança e posteriormente.
Este livro é de suma importância e não pode faltar nas leituras de todos os educadores mundiais, que precisam se inteirar das questões que envolvem a educação infantil nas muitas facetas que envolvem essa etapa da educação. Para os pais, é recomendada a leitura desse livro para desmistificar a idéia de que o brincar não leva a aprendizagem. E para que tanto educadores, como pais se envolvam mais no mundo do brincar.



A professora titular de educação na University of Leicester, Janet R. Moyles, é responsável pela educação inicial e pela formação dos professores de educação infantil inicial. Seus livros incluem Só brincar? Publicado pela Artmed.
Moyles organiza um livro coletânea, onde há vários artigos escritos por estudiosos dessa temática que discuti o brincar como sendo essencial para a criança, tanto fora da escola, como no contexto educacional. Elucida que o brincar quando é mandado é diferente do brincar livre, do cotidiano, onde a estruturação, as regras, o tempo, tudo é feito pela própria criança. E como garantir essa excelência e a qualidade na provisão do brincar? Sendo um fator fundamental para a elevação da educação infantil e posterior.
No primeiro capítulo, o autor Peter K. Smith, professor de Psicologia, faz suas pesquisas em várias comunidades, com tipos diversificados de culturas, e por meio dessas pesquisas, demonstra que o brincar vai depender dessa cultura local, e das manifestações dos adultos frente a esse direito que é, e que deve ser de toda criança. Na maioria das sociedades, desta forma, o brincar é aceito como atividade infantil, porém sua importância não é reconhecida como parte fundamental do desenvolvimento cognitivo, social, entre outros.
A autora Hislam, professora de didática, faz seus estudos acerca de como está organizada a questão do gênero no brincar. Verificando os espaços do brincar de faz-de-conta em que há predominância feminina em detrimento à figura masculina. A autora alerta para que os educadores possam estar trabalhando essas questões de forma diversificada, para não fomentar os esteriótipos determinados pela sociedade.
Brown é diretor de uma escola de ensino fundamental, e realizou suas observações e estudos acerca do brincar no pátio, um dos poucos espaços tido pelas crianças para brincar livremente. Diz que, as brincadeiras e os jogos constituem a base em torno da qual giram as atividades sociais e culturais das crianças. E a forma em que as crianças lidam com os conflitos que envolvem a brincadeira determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver maior competência e, conseqüentemente, conquistar status.
Anning é professora do ensino de artes para as primeiras séries, abre o segundo capítulo do livro, refletindo sobre o currículo nacional, desenvolvido por uma sociedade machista que não tem uma visão ampla sobre o brincar e suas conseqüências no desenvolvimento infantil e posterior, desta forma traz pressupostos relevantes para a discussão de um possível currículo alternativo baseado nos estudos de Gardner que defende a existência de oito tipos de inteligências, sendo elas: lingüística, lógico-matemática, musical/auditiva, visual/espacial, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e intuititva/epiritual. Compor um currículo observando essas e tantas outras peculiaridades da educação infantil seria chegar ao ideal da educação.
Abbot é professora de didática em educação infantil, relata no seu artigo que, se o educador conhece o contexto das crianças e seus pais, as atividades que envolvem o brincar estarão sendo desenvolvidas com tranqüilidade. Defende também, que o brincar como oportunidade de construção cognitiva é essencial para o currículo da educação infantil.
Responsável pela disciplina de educação fundamental, Kitson escreve seu artigo sobre a importância do brincar sociodramático, em que a criança faz uso da sua fantasia. Estudos aprofundados por Freud, considerado o maior psicalanista de todos os tempos, enfatiza que, por meio do brincar sociodramático, os educadores podem criar uma situação e uma motivação que estimularão as crianças a se comportarem e a funcionarem em um nível cognitivo acima da sua norma.
Heaslip é consultor sobre a primeira infância, e desta forma acredita que apesar de atualmente a televisão está tomando conta dos espaços, os quais as crianças poderiam estar brincando, a escola precisa empregar uma avaliação de baixo para cima, sendo assim, a escola estará desempenhando sua responsabilidade cada vez maior de garantir que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma maneira que seja apropriada para elas, por meio do brincar.
Hall é professor titular na School of Education, argumenta que o letramento deve fazer parte do cotidiano das crianças, e não, empurrado de goela abaixo. Desta forma, o autor reforça a idéia de um currículo com fundamentos no brincar, e mais uma vez é visto a defesa do posicionamento do professor, o qual precisa reconhecer que o brincar realmente oferece às crianças experiências ampliadas.
O diretor do Departamento de Arte e Design no Institute of Education, Prentice, acredita e defende que o ensino de artes deva fazer parte do currículo nacional para a educação infantil. E as atividades que serão desenvolvidas sobre artes, dando as crianças a possibilidade de conhecer formas tridimensionais, bidimensionais, cores, entre outras, deverão ser planejadas pelo professor de forma a “prender” o aluno nessas atividades.
Riley é professor de no curso de pós-graduação em educação e Savage é professora de didática da educação de ensino fundamental no Institute of Education, eles desenvolvem o seu artigo demonstrando em forma de algumas pesquisas a importância e o interesse das crianças nas atividades de ciências, acreditando, ser essa uma temática a ser explorada não apenas do ensino fundamental com crianças de 11 anos em diante, mas sim fazer um trabalho planejado desde a educação infantil. Defendem que essas atividades devam ser bem planejadas, sistematizadas e estruturadas, para proporcionar uma verdadeira aprendizagem científica convincente e apropriada.
Griffiths é professora de educação na University of Leicester e desenvolve um rico trabalho em relação a matemática e o brincar, no seu artigo ela também, demonstra algumas atividades com relação à temática desenvolvida. Acredita també, que existam cinco fatores-chave para se defender as vantagens de aprender a matemática por meio do brincar, entre eles estão: propósito, ou seja, tudo que fazemos fica mais fácil de se aprender quando se tem um propósito, e o propósito das crianças é sempre o divertimento; contextualizar as atividades através do brincar, ajuda as crianças entenderem os vínculos entre idéias concretas e abstratas. Os demais fatores-chave estão explicitados acerca do controle e a responsabilidade, tempo e atividade prática.
Pascal e Bertram ambos são professores de educação no Worcester College of Higher Education e no seu artigo eles se focalizam em destacar dez dimensões da qualidade do brincar, e defende que as mesmas estão separadas para melhor serem entendidas, mas no trabalho pedagógico elas são vistas inter-relacionadas. A primeira dimensão são as metas e objetivos, esta dimensão refere-se às declarações escritas e faladas a respeito de políticas, em um ambiente em que as metas e os objetivos da provisão do brincar são explicitados. A segunda dimensão é o currículo esta dimensão tem a ver com a variedade e o equilíbrio das atividades lúdicas oferecidas e com as oportunidades de aprendizagem que elas proporcionam às crianças. A terceira dimensão são as estratégias de aprendizagem e ensino esta dimensão tem a ver com o modo como o brincar é organizado e estruturado para incentivar a aprendizagem e descoberta. A quarta dimensão é o planejamento, avaliação e manutenção de registros esta dimensão examina como o brincar é planejado e questões com quem está envolvido no processo do planejamento e em que média o planejamento está baseado na avaliação anterior da atividade lúdica. A quinta dimensão se refere a equipe esta dimensão focaliza as oportunidades de envolvimento da equipe na atividade lúdica das crianças. A sexta dimensão refere-se ao ambiente físico examina o contexto em que o brincar ocorre. A acessibilidade, as condições e a adequação dos equipamentos lúdicos são documentadas. A sétima dimensão são os relacionamentos e interações esta dimensão examina como as crianças e os adultos interagem em seu brincar. A oitava dimensão refere-se às oportunidades iguais, ou seja, à maneira pela qual o brincar reflete e celebra a diversidade cultural e física e contesta estereótipos. A nona dimensão se refere a ligação e parceria com os pais esta dimensão focaliza a natureza da parceria com os pais e as maneiras pelas quais eles, e outros membros da comunidade local, estão envolvidos nas atividades lúdicas. A décima dimensão refere-se ao monitoramento e a avaliação esta dimensão examina os procedimentos pelos quais monitoramos e avaliamos a qualidade e a efetividade das políticas lúdicas. No decorrer do artigo os autores desenvolvem um modelo de avaliação e melhoramento do brincar, em que o processo de refletir, justificar e narrar aumente o entendimento profissional dos educadores e que os mesmos se tornem mais confiantes, mais conhecedores e mais articulados em sua defesa da importância e da excelência do brincar na educação infantil.
Hurst é professora no Goldsmiths College, University of London no seu artigo relata algumas estratégias de observação do brincar na primeira infância, relata que os educadores têm muita dificuldade para fazer a observação principalmente quando os mesmos estão sob pressão devido a recursos inadequados de equipe, acomodação, espaço ao ar livre e equipamentos. No decorrer do artigo a autora disponibiliza alguns formulários de observação, que precisam ser o mais simples possível. Desta forma termina o seu artigo defendendo o brincar, e solicitando aos educadores que nos seus estudos, tentem convencer os pais da importância do brincar na aprendizagem.
Bruce é ex-diretora do Center for Early Childhood Studies no Froebel Institute defende de forma geral o brincar livre, em que a criança irá contextualizar o brincar de forma que tenha maior significado para ela é o brincar de fluxo livre. Segundo Erikson, por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro. A autora desenvolve uma preocupação em relação ao pouco tempo que as crianças da sociedade atual tem para brincar e fluxo livre, ou seja, elas estão cada vez mais dentro da escola formal. E mais uma vez é visto a defesa de um currículo apropriado e de qualidade. Enfatiza também que uma sociedade onde as crianças não brincam de fluxo livre provavelmente desmoronará.
No posfácio Moyles na tentativa de concluir o livro, atividade essa complexa, a autora demonstra concordar com os demais artigos, no que se refere à tentativa de defender a excelência do brincar. E alerta aos professores o valor que existe no brincar infantil e como ele pode ser transformado em um poderoso instrumento de aprendizagem.
Por fim a autora deixa uma fala de uma criança para demonstrar o que é o brincar para ela.
O livro “A excelência do brincar” tem uma leitura leve, prazerosa, e acima de tudo reflexiva o que possibilita aos educadores um novo olhar sobre o brincar e as verdadeiras possibilidades que o mesmo traz na vida da criança e posteriormente.
Este livro é de suma importância e não pode faltar nas leituras de todos os educadores mundiais, que precisam se inteirar das questões que envolvem a educação infantil nas muitas facetas que envolvem essa etapa da educação. Para os pais, é recomendada a leitura desse livro para desmistificar a idéia de que o brincar não leva a aprendizagem. E para que tanto educadores, como pais se envolvam mais no mundo do brincar.
A professora titular de educação na University of Leicester, Janet R. Moyles, é responsável pela educação inicial e pela formação dos professores de educação infantil inicial. Seus livros incluem Só brincar? Publicado pela Artmed.
Moyles organiza um livro coletânea, onde há vários artigos escritos por estudiosos dessa temática que discuti o brincar como sendo essencial para a criança, tanto fora da escola, como no contexto educacional. Elucida que o brincar quando é mandado é diferente do brincar livre, do cotidiano, onde a estruturação, as regras, o tempo, tudo é feito pela própria criança. E como garantir essa excelência e a qualidade na provisão do brincar? Sendo um fator fundamental para a elevação da educação infantil e posterior.
No primeiro capítulo, o autor Peter K. Smith, professor de Psicologia, faz suas pesquisas em várias comunidades, com tipos diversificados de culturas, e por meio dessas pesquisas, demonstra que o brincar vai depender dessa cultura local, e das manifestações dos adultos frente a esse direito que é, e que deve ser de toda criança. Na maioria das sociedades, desta forma, o brincar é aceito como atividade infantil, porém sua importância não é reconhecida como parte fundamental do desenvolvimento cognitivo, social, entre outros.
A autora Hislam, professora de didática, faz seus estudos acerca de como está organizada a questão do gênero no brincar. Verificando os espaços do brincar de faz-de-conta em que há predominância feminina em detrimento à figura masculina. A autora alerta para que os educadores possam estar trabalhando essas questões de forma diversificada, para não fomentar os esteriótipos determinados pela sociedade.
Brown é diretor de uma escola de ensino fundamental, e realizou suas observações e estudos acerca do brincar no pátio, um dos poucos espaços tido pelas crianças para brincar livremente. Diz que, as brincadeiras e os jogos constituem a base em torno da qual giram as atividades sociais e culturais das crianças. E a forma em que as crianças lidam com os conflitos que envolvem a brincadeira determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver maior competência e, conseqüentemente, conquistar status.
Anning é professora do ensino de artes para as primeiras séries, abre o segundo capítulo do livro, refletindo sobre o currículo nacional, desenvolvido por uma sociedade machista que não tem uma visão ampla sobre o brincar e suas conseqüências no desenvolvimento infantil e posterior, desta forma traz pressupostos relevantes para a discussão de um possível currículo alternativo baseado nos estudos de Gardner que defende a existência de oito tipos de inteligências, sendo elas: lingüística, lógico-matemática, musical/auditiva, visual/espacial, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e intuititva/epiritual. Compor um currículo observando essas e tantas outras peculiaridades da educação infantil seria chegar ao ideal da educação.
Abbot é professora de didática em educação infantil, relata no seu artigo que, se o educador conhece o contexto das crianças e seus pais, as atividades que envolvem o brincar estarão sendo desenvolvidas com tranqüilidade. Defende também, que o brincar como oportunidade de construção cognitiva é essencial para o currículo da educação infantil.
Responsável pela disciplina de educação fundamental, Kitson escreve seu artigo sobre a importância do brincar sociodramático, em que a criança faz uso da sua fantasia. Estudos aprofundados por Freud, considerado o maior psicalanista de todos os tempos, enfatiza que, por meio do brincar sociodramático, os educadores podem criar uma situação e uma motivação que estimularão as crianças a se comportarem e a funcionarem em um nível cognitivo acima da sua norma.
Heaslip é consultor sobre a primeira infância, e desta forma acredita que apesar de atualmente a televisão está tomando conta dos espaços, os quais as crianças poderiam estar brincando, a escola precisa empregar uma avaliação de baixo para cima, sendo assim, a escola estará desempenhando sua responsabilidade cada vez maior de garantir que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma maneira que seja apropriada para elas, por meio do brincar.
Hall é professor titular na School of Education, argumenta que o letramento deve fazer parte do cotidiano das crianças, e não, empurrado de goela abaixo. Desta forma, o autor reforça a idéia de um currículo com fundamentos no brincar, e mais uma vez é visto a defesa do posicionamento do professor, o qual precisa reconhecer que o brincar realmente oferece às crianças experiências ampliadas.
O diretor do Departamento de Arte e Design no Institute of Education, Prentice, acredita e defende que o ensino de artes deva fazer parte do currículo nacional para a educação infantil. E as atividades que serão desenvolvidas sobre artes, dando as crianças a possibilidade de conhecer formas tridimensionais, bidimensionais, cores, entre outras, deverão ser planejadas pelo professor de forma a “prender” o aluno nessas atividades.
Riley é professor de no curso de pós-graduação em educação e Savage é professora de didática da educação de ensino fundamental no Institute of Education, eles desenvolvem o seu artigo demonstrando em forma de algumas pesquisas a importância e o interesse das crianças nas atividades de ciências, acreditando, ser essa uma temática a ser explorada não apenas do ensino fundamental com crianças de 11 anos em diante, mas sim fazer um trabalho planejado desde a educação infantil. Defendem que essas atividades devam ser bem planejadas, sistematizadas e estruturadas, para proporcionar uma verdadeira aprendizagem científica convincente e apropriada.
Griffiths é professora de educação na University of Leicester e desenvolve um rico trabalho em relação a matemática e o brincar, no seu artigo ela também, demonstra algumas atividades com relação à temática desenvolvida. Acredita també, que existam cinco fatores-chave para se defender as vantagens de aprender a matemática por meio do brincar, entre eles estão: propósito, ou seja, tudo que fazemos fica mais fácil de se aprender quando se tem um propósito, e o propósito das crianças é sempre o divertimento; contextualizar as atividades através do brincar, ajuda as crianças entenderem os vínculos entre idéias concretas e abstratas. Os demais fatores-chave estão explicitados acerca do controle e a responsabilidade, tempo e atividade prática.
Pascal e Bertram ambos são professores de educação no Worcester College of Higher Education e no seu artigo eles se focalizam em destacar dez dimensões da qualidade do brincar, e defende que as mesmas estão separadas para melhor serem entendidas, mas no trabalho pedagógico elas são vistas inter-relacionadas. A primeira dimensão são as metas e objetivos, esta dimensão refere-se às declarações escritas e faladas a respeito de políticas, em um ambiente em que as metas e os objetivos da provisão do brincar são explicitados. A segunda dimensão é o currículo esta dimensão tem a ver com a variedade e o equilíbrio das atividades lúdicas oferecidas e com as oportunidades de aprendizagem que elas proporcionam às crianças. A terceira dimensão são as estratégias de aprendizagem e ensino esta dimensão tem a ver com o modo como o brincar é organizado e estruturado para incentivar a aprendizagem e descoberta. A quarta dimensão é o planejamento, avaliação e manutenção de registros esta dimensão examina como o brincar é planejado e questões com quem está envolvido no processo do planejamento e em que média o planejamento está baseado na avaliação anterior da atividade lúdica. A quinta dimensão se refere a equipe esta dimensão focaliza as oportunidades de envolvimento da equipe na atividade lúdica das crianças. A sexta dimensão refere-se ao ambiente físico examina o contexto em que o brincar ocorre. A acessibilidade, as condições e a adequação dos equipamentos lúdicos são documentadas. A sétima dimensão são os relacionamentos e interações esta dimensão examina como as crianças e os adultos interagem em seu brincar. A oitava dimensão refere-se às oportunidades iguais, ou seja, à maneira pela qual o brincar reflete e celebra a diversidade cultural e física e contesta estereótipos. A nona dimensão se refere a ligação e parceria com os pais esta dimensão focaliza a natureza da parceria com os pais e as maneiras pelas quais eles, e outros membros da comunidade local, estão envolvidos nas atividades lúdicas. A décima dimensão refere-se ao monitoramento e a avaliação esta dimensão examina os procedimentos pelos quais monitoramos e avaliamos a qualidade e a efetividade das políticas lúdicas. No decorrer do artigo os autores desenvolvem um modelo de avaliação e melhoramento do brincar, em que o processo de refletir, justificar e narrar aumente o entendimento profissional dos educadores e que os mesmos se tornem mais confiantes, mais conhecedores e mais articulados em sua defesa da importância e da excelência do brincar na educação infantil.
Hurst é professora no Goldsmiths College, University of London no seu artigo relata algumas estratégias de observação do brincar na primeira infância, relata que os educadores têm muita dificuldade para fazer a observação principalmente quando os mesmos estão sob pressão devido a recursos inadequados de equipe, acomodação, espaço ao ar livre e equipamentos. No decorrer do artigo a autora disponibiliza alguns formulários de observação, que precisam ser o mais simples possível. Desta forma termina o seu artigo defendendo o brincar, e solicitando aos educadores que nos seus estudos, tentem convencer os pais da importância do brincar na aprendizagem.
Bruce é ex-diretora do Center for Early Childhood Studies no Froebel Institute defende de forma geral o brincar livre, em que a criança irá contextualizar o brincar de forma que tenha maior significado para ela é o brincar de fluxo livre. Segundo Erikson, por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro. A autora desenvolve uma preocupação em relação ao pouco tempo que as crianças da sociedade atual tem para brincar e fluxo livre, ou seja, elas estão cada vez mais dentro da escola formal. E mais uma vez é visto a defesa de um currículo apropriado e de qualidade. Enfatiza também que uma sociedade onde as crianças não brincam de fluxo livre provavelmente desmoronará.
No posfácio Moyles na tentativa de concluir o livro, atividade essa complexa, a autora demonstra concordar com os demais artigos, no que se refere à tentativa de defender a excelência do brincar. E alerta aos professores o valor que existe no brincar infantil e como ele pode ser transformado em um poderoso instrumento de aprendizagem.
Por fim a autora deixa uma fala de uma criança para demonstrar o que é o brincar para ela.
O livro “A excelência do brincar” tem uma leitura leve, prazerosa, e acima de tudo reflexiva o que possibilita aos educadores um novo olhar sobre o brincar e as verdadeiras possibilidades que o mesmo traz na vida da criança e posteriormente.
Este livro é de suma importância e não pode faltar nas leituras de todos os educadores mundiais, que precisam se inteirar das questões que envolvem a educação infantil nas muitas facetas que envolvem essa etapa da educação. Para os pais, é recomendada a leitura desse livro para desmistificar a idéia de que o brincar não leva a aprendizagem. E para que tanto educadores, como pais se envolvam mais no mundo do brincar.


A professora titular de educação na University of Leicester, Janet R. Moyles, é responsável pela educação inicial e pela formação dos professores de educação infantil inicial. Seus livros incluem Só brincar? Publicado pela Artmed.
Moyles organiza um livro coletânea, onde há vários artigos escritos por estudiosos dessa temática que discuti o brincar como sendo essencial para a criança, tanto fora da escola, como no contexto educacional. Elucida que o brincar quando é mandado é diferente do brincar livre, do cotidiano, onde a estruturação, as regras, o tempo, tudo é feito pela própria criança. E como garantir essa excelência e a qualidade na provisão do brincar? Sendo um fator fundamental para a elevação da educação infantil e posterior.
No primeiro capítulo, o autor Peter K. Smith, professor de Psicologia, faz suas pesquisas em várias comunidades, com tipos diversificados de culturas, e por meio dessas pesquisas, demonstra que o brincar vai depender dessa cultura local, e das manifestações dos adultos frente a esse direito que é, e que deve ser de toda criança. Na maioria das sociedades, desta forma, o brincar é aceito como atividade infantil, porém sua importância não é reconhecida como parte fundamental do desenvolvimento cognitivo, social, entre outros.
A autora Hislam, professora de didática, faz seus estudos acerca de como está organizada a questão do gênero no brincar. Verificando os espaços do brincar de faz-de-conta em que há predominância feminina em detrimento à figura masculina. A autora alerta para que os educadores possam estar trabalhando essas questões de forma diversificada, para não fomentar os esteriótipos determinados pela sociedade.
Brown é diretor de uma escola de ensino fundamental, e realizou suas observações e estudos acerca do brincar no pátio, um dos poucos espaços tido pelas crianças para brincar livremente. Diz que, as brincadeiras e os jogos constituem a base em torno da qual giram as atividades sociais e culturais das crianças. E a forma em que as crianças lidam com os conflitos que envolvem a brincadeira determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver maior competência e, conseqüentemente, conquistar status.
Anning é professora do ensino de artes para as primeiras séries, abre o segundo capítulo do livro, refletindo sobre o currículo nacional, desenvolvido por uma sociedade machista que não tem uma visão ampla sobre o brincar e suas conseqüências no desenvolvimento infantil e posterior, desta forma traz pressupostos relevantes para a discussão de um possível currículo alternativo baseado nos estudos de Gardner que defende a existência de oito tipos de inteligências, sendo elas: lingüística, lógico-matemática, musical/auditiva, visual/espacial, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e intuititva/epiritual. Compor um currículo observando essas e tantas outras peculiaridades da educação infantil seria chegar ao ideal da educação.
Abbot é professora de didática em educação infantil, relata no seu artigo que, se o educador conhece o contexto das crianças e seus pais, as atividades que envolvem o brincar estarão sendo desenvolvidas com tranqüilidade. Defende também, que o brincar como oportunidade de construção cognitiva é essencial para o currículo da educação infantil.
Responsável pela disciplina de educação fundamental, Kitson escreve seu artigo sobre a importância do brincar sociodramático, em que a criança faz uso da sua fantasia. Estudos aprofundados por Freud, considerado o maior psicalanista de todos os tempos, enfatiza que, por meio do brincar sociodramático, os educadores podem criar uma situação e uma motivação que estimularão as crianças a se comportarem e a funcionarem em um nível cognitivo acima da sua norma.
Heaslip é consultor sobre a primeira infância, e desta forma acredita que apesar de atualmente a televisão está tomando conta dos espaços, os quais as crianças poderiam estar brincando, a escola precisa empregar uma avaliação de baixo para cima, sendo assim, a escola estará desempenhando sua responsabilidade cada vez maior de garantir que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma maneira que seja apropriada para elas, por meio do brincar.
Hall é professor titular na School of Education, argumenta que o letramento deve fazer parte do cotidiano das crianças, e não, empurrado de goela abaixo. Desta forma, o autor reforça a idéia de um currículo com fundamentos no brincar, e mais uma vez é visto a defesa do posicionamento do professor, o qual precisa reconhecer que o brincar realmente oferece às crianças experiências ampliadas.
O diretor do Departamento de Arte e Design no Institute of Education, Prentice, acredita e defende que o ensino de artes deva fazer parte do currículo nacional para a educação infantil. E as atividades que serão desenvolvidas sobre artes, dando as crianças a possibilidade de conhecer formas tridimensionais, bidimensionais, cores, entre outras, deverão ser planejadas pelo professor de forma a “prender” o aluno nessas atividades.
Riley é professor de no curso de pós-graduação em educação e Savage é professora de didática da educação de ensino fundamental no Institute of Education, eles desenvolvem o seu artigo demonstrando em forma de algumas pesquisas a importância e o interesse das crianças nas atividades de ciências, acreditando, ser essa uma temática a ser explorada não apenas do ensino fundamental com crianças de 11 anos em diante, mas sim fazer um trabalho planejado desde a educação infantil. Defendem que essas atividades devam ser bem planejadas, sistematizadas e estruturadas, para proporcionar uma verdadeira aprendizagem científica convincente e apropriada.
Griffiths é professora de educação na University of Leicester e desenvolve um rico trabalho em relação a matemática e o brincar, no seu artigo ela também, demonstra algumas atividades com relação à temática desenvolvida. Acredita també, que existam cinco fatores-chave para se defender as vantagens de aprender a matemática por meio do brincar, entre eles estão: propósito, ou seja, tudo que fazemos fica mais fácil de se aprender quando se tem um propósito, e o propósito das crianças é sempre o divertimento; contextualizar as atividades através do brincar, ajuda as crianças entenderem os vínculos entre idéias concretas e abstratas. Os demais fatores-chave estão explicitados acerca do controle e a responsabilidade, tempo e atividade prática.
Pascal e Bertram ambos são professores de educação no Worcester College of Higher Education e no seu artigo eles se focalizam em destacar dez dimensões da qualidade do brincar, e defende que as mesmas estão separadas para melhor serem entendidas, mas no trabalho pedagógico elas são vistas inter-relacionadas. A primeira dimensão são as metas e objetivos, esta dimensão refere-se às declarações escritas e faladas a respeito de políticas, em um ambiente em que as metas e os objetivos da provisão do brincar são explicitados. A segunda dimensão é o currículo esta dimensão tem a ver com a variedade e o equilíbrio das atividades lúdicas oferecidas e com as oportunidades de aprendizagem que elas proporcionam às crianças. A terceira dimensão são as estratégias de aprendizagem e ensino esta dimensão tem a ver com o modo como o brincar é organizado e estruturado para incentivar a aprendizagem e descoberta. A quarta dimensão é o planejamento, avaliação e manutenção de registros esta dimensão examina como o brincar é planejado e questões com quem está envolvido no processo do planejamento e em que média o planejamento está baseado na avaliação anterior da atividade lúdica. A quinta dimensão se refere a equipe esta dimensão focaliza as oportunidades de envolvimento da equipe na atividade lúdica das crianças. A sexta dimensão refere-se ao ambiente físico examina o contexto em que o brincar ocorre. A acessibilidade, as condições e a adequação dos equipamentos lúdicos são documentadas. A sétima dimensão são os relacionamentos e interações esta dimensão examina como as crianças e os adultos interagem em seu brincar. A oitava dimensão refere-se às oportunidades iguais, ou seja, à maneira pela qual o brincar reflete e celebra a diversidade cultural e física e contesta estereótipos. A nona dimensão se refere a ligação e parceria com os pais esta dimensão focaliza a natureza da parceria com os pais e as maneiras pelas quais eles, e outros membros da comunidade local, estão envolvidos nas atividades lúdicas. A décima dimensão refere-se ao monitoramento e a avaliação esta dimensão examina os procedimentos pelos quais monitoramos e avaliamos a qualidade e a efetividade das políticas lúdicas. No decorrer do artigo os autores desenvolvem um modelo de avaliação e melhoramento do brincar, em que o processo de refletir, justificar e narrar aumente o entendimento profissional dos educadores e que os mesmos se tornem mais confiantes, mais conhecedores e mais articulados em sua defesa da importância e da excelência do brincar na educação infantil.
Hurst é professora no Goldsmiths College, University of London no seu artigo relata algumas estratégias de observação do brincar na primeira infância, relata que os educadores têm muita dificuldade para fazer a observação principalmente quando os mesmos estão sob pressão devido a recursos inadequados de equipe, acomodação, espaço ao ar livre e equipamentos. No decorrer do artigo a autora disponibiliza alguns formulários de observação, que precisam ser o mais simples possível. Desta forma termina o seu artigo defendendo o brincar, e solicitando aos educadores que nos seus estudos, tentem convencer os pais da importância do brincar na aprendizagem.
Bruce é ex-diretora do Center for Early Childhood Studies no Froebel Institute defende de forma geral o brincar livre, em que a criança irá contextualizar o brincar de forma que tenha maior significado para ela é o brincar de fluxo livre. Segundo Erikson, por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro. A autora desenvolve uma preocupação em relação ao pouco tempo que as crianças da sociedade atual tem para brincar e fluxo livre, ou seja, elas estão cada vez mais dentro da escola formal. E mais uma vez é visto a defesa de um currículo apropriado e de qualidade. Enfatiza também que uma sociedade onde as crianças não brincam de fluxo livre provavelmente desmoronará.
No posfácio Moyles na tentativa de concluir o livro, atividade essa complexa, a autora demonstra concordar com os demais artigos, no que se refere à tentativa de defender a excelência do brincar. E alerta aos professores o valor que existe no brincar infantil e como ele pode ser transformado em um poderoso instrumento de aprendizagem.
Por fim a autora deixa uma fala de uma criança para demonstrar o que é o brincar para ela.
O livro “A excelência do brincar” tem uma leitura leve, prazerosa, e acima de tudo reflexiva o que possibilita aos educadores um novo olhar sobre o brincar e as verdadeiras possibilidades que o mesmo traz na vida da criança e posteriormente.
Este livro é de suma importância e não pode faltar nas leituras de todos os educadores mundiais, que precisam se inteirar das questões que envolvem a educação infantil nas muitas facetas que envolvem essa etapa da educação. Para os pais, é recomendada a leitura desse livro para desmistificar a idéia de que o brincar não leva a aprendizagem. E para que tanto educadores, como pais se envolvam mais no mundo do brincar.
A professora titular de educação na University of Leicester, Janet R. Moyles, é responsável pela educação inicial e pela formação dos professores de educação infantil inicial. Seus livros incluem Só brincar? Publicado pela Artmed.
Moyles organiza um livro coletânea, onde há vários artigos escritos por estudiosos dessa temática que discuti o brincar como sendo essencial para a criança, tanto fora da escola, como no contexto educacional. Elucida que o brincar quando é mandado é diferente do brincar livre, do cotidiano, onde a estruturação, as regras, o tempo, tudo é feito pela própria criança. E como garantir essa excelência e a qualidade na provisão do brincar? Sendo um fator fundamental para a elevação da educação infantil e posterior.
No primeiro capítulo, o autor Peter K. Smith, professor de Psicologia, faz suas pesquisas em várias comunidades, com tipos diversificados de culturas, e por meio dessas pesquisas, demonstra que o brincar vai depender dessa cultura local, e das manifestações dos adultos frente a esse direito que é, e que deve ser de toda criança. Na maioria das sociedades, desta forma, o brincar é aceito como atividade infantil, porém sua importância não é reconhecida como parte fundamental do desenvolvimento cognitivo, social, entre outros.
A autora Hislam, professora de didática, faz seus estudos acerca de como está organizada a questão do gênero no brincar. Verificando os espaços do brincar de faz-de-conta em que há predominância feminina em detrimento à figura masculina. A autora alerta para que os educadores possam estar trabalhando essas questões de forma diversificada, para não fomentar os esteriótipos determinados pela sociedade.
Brown é diretor de uma escola de ensino fundamental, e realizou suas observações e estudos acerca do brincar no pátio, um dos poucos espaços tido pelas crianças para brincar livremente. Diz que, as brincadeiras e os jogos constituem a base em torno da qual giram as atividades sociais e culturais das crianças. E a forma em que as crianças lidam com os conflitos que envolvem a brincadeira determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver maior competência e, conseqüentemente, conquistar status.
Anning é professora do ensino de artes para as primeiras séries, abre o segundo capítulo do livro, refletindo sobre o currículo nacional, desenvolvido por uma sociedade machista que não tem uma visão ampla sobre o brincar e suas conseqüências no desenvolvimento infantil e posterior, desta forma traz pressupostos relevantes para a discussão de um possível currículo alternativo baseado nos estudos de Gardner que defende a existência de oito tipos de inteligências, sendo elas: lingüística, lógico-matemática, musical/auditiva, visual/espacial, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e intuititva/epiritual. Compor um currículo observando essas e tantas outras peculiaridades da educação infantil seria chegar ao ideal da educação.
Abbot é professora de didática em educação infantil, relata no seu artigo que, se o educador conhece o contexto das crianças e seus pais, as atividades que envolvem o brincar estarão sendo desenvolvidas com tranqüilidade. Defende também, que o brincar como oportunidade de construção cognitiva é essencial para o currículo da educação infantil.
Responsável pela disciplina de educação fundamental, Kitson escreve seu artigo sobre a importância do brincar sociodramático, em que a criança faz uso da sua fantasia. Estudos aprofundados por Freud, considerado o maior psicalanista de todos os tempos, enfatiza que, por meio do brincar sociodramático, os educadores podem criar uma situação e uma motivação que estimularão as crianças a se comportarem e a funcionarem em um nível cognitivo acima da sua norma.
Heaslip é consultor sobre a primeira infância, e desta forma acredita que apesar de atualmente a televisão está tomando conta dos espaços, os quais as crianças poderiam estar brincando, a escola precisa empregar uma avaliação de baixo para cima, sendo assim, a escola estará desempenhando sua responsabilidade cada vez maior de garantir que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma maneira que seja apropriada para elas, por meio do brincar.
Hall é professor titular na School of Education, argumenta que o letramento deve fazer parte do cotidiano das crianças, e não, empurrado de goela abaixo. Desta forma, o autor reforça a idéia de um currículo com fundamentos no brincar, e mais uma vez é visto a defesa do posicionamento do professor, o qual precisa reconhecer que o brincar realmente oferece às crianças experiências ampliadas.
O diretor do Departamento de Arte e Design no Institute of Education, Prentice, acredita e defende que o ensino de artes deva fazer parte do currículo nacional para a educação infantil. E as atividades que serão desenvolvidas sobre artes, dando as crianças a possibilidade de conhecer formas tridimensionais, bidimensionais, cores, entre outras, deverão ser planejadas pelo professor de forma a “prender” o aluno nessas atividades.
Riley é professor de no curso de pós-graduação em educação e Savage é professora de didática da educação de ensino fundamental no Institute of Education, eles desenvolvem o seu artigo demonstrando em forma de algumas pesquisas a importância e o interesse das crianças nas atividades de ciências, acreditando, ser essa uma temática a ser explorada não apenas do ensino fundamental com crianças de 11 anos em diante, mas sim fazer um trabalho planejado desde a educação infantil. Defendem que essas atividades devam ser bem planejadas, sistematizadas e estruturadas, para proporcionar uma verdadeira aprendizagem científica convincente e apropriada.
Griffiths é professora de educação na University of Leicester e desenvolve um rico trabalho em relação a matemática e o brincar, no seu artigo ela também, demonstra algumas atividades com relação à temática desenvolvida. Acredita també, que existam cinco fatores-chave para se defender as vantagens de aprender a matemática por meio do brincar, entre eles estão: propósito, ou seja, tudo que fazemos fica mais fácil de se aprender quando se tem um propósito, e o propósito das crianças é sempre o divertimento; contextualizar as atividades através do brincar, ajuda as crianças entenderem os vínculos entre idéias concretas e abstratas. Os demais fatores-chave estão explicitados acerca do controle e a responsabilidade, tempo e atividade prática.
Pascal e Bertram ambos são professores de educação no Worcester College of Higher Education e no seu artigo eles se focalizam em destacar dez dimensões da qualidade do brincar, e defende que as mesmas estão separadas para melhor serem entendidas, mas no trabalho pedagógico elas são vistas inter-relacionadas. A primeira dimensão são as metas e objetivos, esta dimensão refere-se às declarações escritas e faladas a respeito de políticas, em um ambiente em que as metas e os objetivos da provisão do brincar são explicitados. A segunda dimensão é o currículo esta dimensão tem a ver com a variedade e o equilíbrio das atividades lúdicas oferecidas e com as oportunidades de aprendizagem que elas proporcionam às crianças. A terceira dimensão são as estratégias de aprendizagem e ensino esta dimensão tem a ver com o modo como o brincar é organizado e estruturado para incentivar a aprendizagem e descoberta. A quarta dimensão é o planejamento, avaliação e manutenção de registros esta dimensão examina como o brincar é planejado e questões com quem está envolvido no processo do planejamento e em que média o planejamento está baseado na avaliação anterior da atividade lúdica. A quinta dimensão se refere a equipe esta dimensão focaliza as oportunidades de envolvimento da equipe na atividade lúdica das crianças. A sexta dimensão refere-se ao ambiente físico examina o contexto em que o brincar ocorre. A acessibilidade, as condições e a adequação dos equipamentos lúdicos são documentadas. A sétima dimensão são os relacionamentos e interações esta dimensão examina como as crianças e os adultos interagem em seu brincar. A oitava dimensão refere-se às oportunidades iguais, ou seja, à maneira pela qual o brincar reflete e celebra a diversidade cultural e física e contesta estereótipos. A nona dimensão se refere a ligação e parceria com os pais esta dimensão focaliza a natureza da parceria com os pais e as maneiras pelas quais eles, e outros membros da comunidade local, estão envolvidos nas atividades lúdicas. A décima dimensão refere-se ao monitoramento e a avaliação esta dimensão examina os procedimentos pelos quais monitoramos e avaliamos a qualidade e a efetividade das políticas lúdicas. No decorrer do artigo os autores desenvolvem um modelo de avaliação e melhoramento do brincar, em que o processo de refletir, justificar e narrar aumente o entendimento profissional dos educadores e que os mesmos se tornem mais confiantes, mais conhecedores e mais articulados em sua defesa da importância e da excelência do brincar na educação infantil.
Hurst é professora no Goldsmiths College, University of London no seu artigo relata algumas estratégias de observação do brincar na primeira infância, relata que os educadores têm muita dificuldade para fazer a observação principalmente quando os mesmos estão sob pressão devido a recursos inadequados de equipe, acomodação, espaço ao ar livre e equipamentos. No decorrer do artigo a autora disponibiliza alguns formulários de observação, que precisam ser o mais simples possível. Desta forma termina o seu artigo defendendo o brincar, e solicitando aos educadores que nos seus estudos, tentem convencer os pais da importância do brincar na aprendizagem.
Bruce é ex-diretora do Center for Early Childhood Studies no Froebel Institute defende de forma geral o brincar livre, em que a criança irá contextualizar o brincar de forma que tenha maior significado para ela é o brincar de fluxo livre. Segundo Erikson, por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro. A autora desenvolve uma preocupação em relação ao pouco tempo que as crianças da sociedade atual tem para brincar e fluxo livre, ou seja, elas estão cada vez mais dentro da escola formal. E mais uma vez é visto a defesa de um currículo apropriado e de qualidade. Enfatiza também que uma sociedade onde as crianças não brincam de fluxo livre provavelmente desmoronará.
No posfácio Moyles na tentativa de concluir o livro, atividade essa complexa, a autora demonstra concordar com os demais artigos, no que se refere à tentativa de defender a excelência do brincar. E alerta aos professores o valor que existe no brincar infantil e como ele pode ser transformado em um poderoso instrumento de aprendizagem.
Por fim a autora deixa uma fala de uma criança para demonstrar o que é o brincar para ela.
O livro “A excelência do brincar” tem uma leitura leve, prazerosa, e acima de tudo reflexiva o que possibilita aos educadores um novo olhar sobre o brincar e as verdadeiras possibilidades que o mesmo traz na vida da criança e posteriormente.
Este livro é de suma importância e não pode faltar nas leituras de todos os educadores mundiais, que precisam se inteirar das questões que envolvem a educação infantil nas muitas facetas que envolvem essa etapa da educação. Para os pais, é recomendada a leitura desse livro para desmistificar a idéia de que o brincar não leva a aprendizagem. E para que tanto educadores, como pais se envolvam mais no mundo do brincar.



A professora titular de educação na University of Leicester, Janet R. Moyles, é responsável pela educação inicial e pela formação dos professores de educação infantil inicial. Seus livros incluem Só brincar? Publicado pela Artmed.
Moyles organiza um livro coletânea, onde há vários artigos escritos por estudiosos dessa temática que discuti o brincar como sendo essencial para a criança, tanto fora da escola, como no contexto educacional. Elucida que o brincar quando é mandado é diferente do brincar livre, do cotidiano, onde a estruturação, as regras, o tempo, tudo é feito pela própria criança. E como garantir essa excelência e a qualidade na provisão do brincar? Sendo um fator fundamental para a elevação da educação infantil e posterior.
No primeiro capítulo, o autor Peter K. Smith, professor de Psicologia, faz suas pesquisas em várias comunidades, com tipos diversificados de culturas, e por meio dessas pesquisas, demonstra que o brincar vai depender dessa cultura local, e das manifestações dos adultos frente a esse direito que é, e que deve ser de toda criança. Na maioria das sociedades, desta forma, o brincar é aceito como atividade infantil, porém sua importância não é reconhecida como parte fundamental do desenvolvimento cognitivo, social, entre outros.
A autora Hislam, professora de didática, faz seus estudos acerca de como está organizada a questão do gênero no brincar. Verificando os espaços do brincar de faz-de-conta em que há predominância feminina em detrimento à figura masculina. A autora alerta para que os educadores possam estar trabalhando essas questões de forma diversificada, para não fomentar os esteriótipos determinados pela sociedade.
Brown é diretor de uma escola de ensino fundamental, e realizou suas observações e estudos acerca do brincar no pátio, um dos poucos espaços tido pelas crianças para brincar livremente. Diz que, as brincadeiras e os jogos constituem a base em torno da qual giram as atividades sociais e culturais das crianças. E a forma em que as crianças lidam com os conflitos que envolvem a brincadeira determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver maior competência e, conseqüentemente, conquistar status.
Anning é professora do ensino de artes para as primeiras séries, abre o segundo capítulo do livro, refletindo sobre o currículo nacional, desenvolvido por uma sociedade machista que não tem uma visão ampla sobre o brincar e suas conseqüências no desenvolvimento infantil e posterior, desta forma traz pressupostos relevantes para a discussão de um possível currículo alternativo baseado nos estudos de Gardner que defende a existência de oito tipos de inteligências, sendo elas: lingüística, lógico-matemática, musical/auditiva, visual/espacial, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e intuititva/epiritual. Compor um currículo observando essas e tantas outras peculiaridades da educação infantil seria chegar ao ideal da educação.
Abbot é professora de didática em educação infantil, relata no seu artigo que, se o educador conhece o contexto das crianças e seus pais, as atividades que envolvem o brincar estarão sendo desenvolvidas com tranqüilidade. Defende também, que o brincar como oportunidade de construção cognitiva é essencial para o currículo da educação infantil.
Responsável pela disciplina de educação fundamental, Kitson escreve seu artigo sobre a importância do brincar sociodramático, em que a criança faz uso da sua fantasia. Estudos aprofundados por Freud, considerado o maior psicalanista de todos os tempos, enfatiza que, por meio do brincar sociodramático, os educadores podem criar uma situação e uma motivação que estimularão as crianças a se comportarem e a funcionarem em um nível cognitivo acima da sua norma.
Heaslip é consultor sobre a primeira infância, e desta forma acredita que apesar de atualmente a televisão está tomando conta dos espaços, os quais as crianças poderiam estar brincando, a escola precisa empregar uma avaliação de baixo para cima, sendo assim, a escola estará desempenhando sua responsabilidade cada vez maior de garantir que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma maneira que seja apropriada para elas, por meio do brincar.
Hall é professor titular na School of Education, argumenta que o letramento deve fazer parte do cotidiano das crianças, e não, empurrado de goela abaixo. Desta forma, o autor reforça a idéia de um currículo com fundamentos no brincar, e mais uma vez é visto a defesa do posicionamento do professor, o qual precisa reconhecer que o brincar realmente oferece às crianças experiências ampliadas.
O diretor do Departamento de Arte e Design no Institute of Education, Prentice, acredita e defende que o ensino de artes deva fazer parte do currículo nacional para a educação infantil. E as atividades que serão desenvolvidas sobre artes, dando as crianças a possibilidade de conhecer formas tridimensionais, bidimensionais, cores, entre outras, deverão ser planejadas pelo professor de forma a “prender” o aluno nessas atividades.
Riley é professor de no curso de pós-graduação em educação e Savage é professora de didática da educação de ensino fundamental no Institute of Education, eles desenvolvem o seu artigo demonstrando em forma de algumas pesquisas a importância e o interesse das crianças nas atividades de ciências, acreditando, ser essa uma temática a ser explorada não apenas do ensino fundamental com crianças de 11 anos em diante, mas sim fazer um trabalho planejado desde a educação infantil. Defendem que essas atividades devam ser bem planejadas, sistematizadas e estruturadas, para proporcionar uma verdadeira aprendizagem científica convincente e apropriada.
Griffiths é professora de educação na University of Leicester e desenvolve um rico trabalho em relação a matemática e o brincar, no seu artigo ela também, demonstra algumas atividades com relação à temática desenvolvida. Acredita també, que existam cinco fatores-chave para se defender as vantagens de aprender a matemática por meio do brincar, entre eles estão: propósito, ou seja, tudo que fazemos fica mais fácil de se aprender quando se tem um propósito, e o propósito das crianças é sempre o divertimento; contextualizar as atividades através do brincar, ajuda as crianças entenderem os vínculos entre idéias concretas e abstratas. Os demais fatores-chave estão explicitados acerca do controle e a responsabilidade, tempo e atividade prática.
Pascal e Bertram ambos são professores de educação no Worcester College of Higher Education e no seu artigo eles se focalizam em destacar dez dimensões da qualidade do brincar, e defende que as mesmas estão separadas para melhor serem entendidas, mas no trabalho pedagógico elas são vistas inter-relacionadas. A primeira dimensão são as metas e objetivos, esta dimensão refere-se às declarações escritas e faladas a respeito de políticas, em um ambiente em que as metas e os objetivos da provisão do brincar são explicitados. A segunda dimensão é o currículo esta dimensão tem a ver com a variedade e o equilíbrio das atividades lúdicas oferecidas e com as oportunidades de aprendizagem que elas proporcionam às crianças. A terceira dimensão são as estratégias de aprendizagem e ensino esta dimensão tem a ver com o modo como o brincar é organizado e estruturado para incentivar a aprendizagem e descoberta. A quarta dimensão é o planejamento, avaliação e manutenção de registros esta dimensão examina como o brincar é planejado e questões com quem está envolvido no processo do planejamento e em que média o planejamento está baseado na avaliação anterior da atividade lúdica. A quinta dimensão se refere a equipe esta dimensão focaliza as oportunidades de envolvimento da equipe na atividade lúdica das crianças. A sexta dimensão refere-se ao ambiente físico examina o contexto em que o brincar ocorre. A acessibilidade, as condições e a adequação dos equipamentos lúdicos são documentadas. A sétima dimensão são os relacionamentos e interações esta dimensão examina como as crianças e os adultos interagem em seu brincar. A oitava dimensão refere-se às oportunidades iguais, ou seja, à maneira pela qual o brincar reflete e celebra a diversidade cultural e física e contesta estereótipos. A nona dimensão se refere a ligação e parceria com os pais esta dimensão focaliza a natureza da parceria com os pais e as maneiras pelas quais eles, e outros membros da comunidade local, estão envolvidos nas atividades lúdicas. A décima dimensão refere-se ao monitoramento e a avaliação esta dimensão examina os procedimentos pelos quais monitoramos e avaliamos a qualidade e a efetividade das políticas lúdicas. No decorrer do artigo os autores desenvolvem um modelo de avaliação e melhoramento do brincar, em que o processo de refletir, justificar e narrar aumente o entendimento profissional dos educadores e que os mesmos se tornem mais confiantes, mais conhecedores e mais articulados em sua defesa da importância e da excelência do brincar na educação infantil.
Hurst é professora no Goldsmiths College, University of London no seu artigo relata algumas estratégias de observação do brincar na primeira infância, relata que os educadores têm muita dificuldade para fazer a observação principalmente quando os mesmos estão sob pressão devido a recursos inadequados de equipe, acomodação, espaço ao ar livre e equipamentos. No decorrer do artigo a autora disponibiliza alguns formulários de observação, que precisam ser o mais simples possível. Desta forma termina o seu artigo defendendo o brincar, e solicitando aos educadores que nos seus estudos, tentem convencer os pais da importância do brincar na aprendizagem.
Bruce é ex-diretora do Center for Early Childhood Studies no Froebel Institute defende de forma geral o brincar livre, em que a criança irá contextualizar o brincar de forma que tenha maior significado para ela é o brincar de fluxo livre. Segundo Erikson, por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro. A autora desenvolve uma preocupação em relação ao pouco tempo que as crianças da sociedade atual tem para brincar e fluxo livre, ou seja, elas estão cada vez mais dentro da escola formal. E mais uma vez é visto a defesa de um currículo apropriado e de qualidade. Enfatiza também que uma sociedade onde as crianças não brincam de fluxo livre provavelmente desmoronará.
No posfácio Moyles na tentativa de concluir o livro, atividade essa complexa, a autora demonstra concordar com os demais artigos, no que se refere à tentativa de defender a excelência do brincar. E alerta aos professores o valor que existe no brincar infantil e como ele pode ser transformado em um poderoso instrumento de aprendizagem.
Por fim a autora deixa uma fala de uma criança para demonstrar o que é o brincar para ela.
O livro “A excelência do brincar” tem uma leitura leve, prazerosa, e acima de tudo reflexiva o que possibilita aos educadores um novo olhar sobre o brincar e as verdadeiras possibilidades que o mesmo traz na vida da criança e posteriormente.
Este livro é de suma importância e não pode faltar nas leituras de todos os educadores mundiais, que precisam se inteirar das questões que envolvem a educação infantil nas muitas facetas que envolvem essa etapa da educação. Para os pais, é recomendada a leitura desse livro para desmistificar a idéia de que o brincar não leva a aprendizagem. E para que tanto educadores, como pais se envolvam mais no mundo do brincar.
A professora titular de educação na University of Leicester, Janet R. Moyles, é responsável pela educação inicial e pela formação dos professores de educação infantil inicial. Seus livros incluem Só brincar? Publicado pela Artmed.
Moyles organiza um livro coletânea, onde há vários artigos escritos por estudiosos dessa temática que discuti o brincar como sendo essencial para a criança, tanto fora da escola, como no contexto educacional. Elucida que o brincar quando é mandado é diferente do brincar livre, do cotidiano, onde a estruturação, as regras, o tempo, tudo é feito pela própria criança. E como garantir essa excelência e a qualidade na provisão do brincar? Sendo um fator fundamental para a elevação da educação infantil e posterior.
No primeiro capítulo, o autor Peter K. Smith, professor de Psicologia, faz suas pesquisas em várias comunidades, com tipos diversificados de culturas, e por meio dessas pesquisas, demonstra que o brincar vai depender dessa cultura local, e das manifestações dos adultos frente a esse direito que é, e que deve ser de toda criança. Na maioria das sociedades, desta forma, o brincar é aceito como atividade infantil, porém sua importância não é reconhecida como parte fundamental do desenvolvimento cognitivo, social, entre outros.
A autora Hislam, professora de didática, faz seus estudos acerca de como está organizada a questão do gênero no brincar. Verificando os espaços do brincar de faz-de-conta em que há predominância feminina em detrimento à figura masculina. A autora alerta para que os educadores possam estar trabalhando essas questões de forma diversificada, para não fomentar os esteriótipos determinados pela sociedade.
Brown é diretor de uma escola de ensino fundamental, e realizou suas observações e estudos acerca do brincar no pátio, um dos poucos espaços tido pelas crianças para brincar livremente. Diz que, as brincadeiras e os jogos constituem a base em torno da qual giram as atividades sociais e culturais das crianças. E a forma em que as crianças lidam com os conflitos que envolvem a brincadeira determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver maior competência e, conseqüentemente, conquistar status.
Anning é professora do ensino de artes para as primeiras séries, abre o segundo capítulo do livro, refletindo sobre o currículo nacional, desenvolvido por uma sociedade machista que não tem uma visão ampla sobre o brincar e suas conseqüências no desenvolvimento infantil e posterior, desta forma traz pressupostos relevantes para a discussão de um possível currículo alternativo baseado nos estudos de Gardner que defende a existência de oito tipos de inteligências, sendo elas: lingüística, lógico-matemática, musical/auditiva, visual/espacial, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e intuititva/epiritual. Compor um currículo observando essas e tantas outras peculiaridades da educação infantil seria chegar ao ideal da educação.
Abbot é professora de didática em educação infantil, relata no seu artigo que, se o educador conhece o contexto das crianças e seus pais, as atividades que envolvem o brincar estarão sendo desenvolvidas com tranqüilidade. Defende também, que o brincar como oportunidade de construção cognitiva é essencial para o currículo da educação infantil.
Responsável pela disciplina de educação fundamental, Kitson escreve seu artigo sobre a importância do brincar sociodramático, em que a criança faz uso da sua fantasia. Estudos aprofundados por Freud, considerado o maior psicalanista de todos os tempos, enfatiza que, por meio do brincar sociodramático, os educadores podem criar uma situação e uma motivação que estimularão as crianças a se comportarem e a funcionarem em um nível cognitivo acima da sua norma.
Heaslip é consultor sobre a primeira infância, e desta forma acredita que apesar de atualmente a televisão está tomando conta dos espaços, os quais as crianças poderiam estar brincando, a escola precisa empregar uma avaliação de baixo para cima, sendo assim, a escola estará desempenhando sua responsabilidade cada vez maior de garantir que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma maneira que seja apropriada para elas, por meio do brincar.
Hall é professor titular na School of Education, argumenta que o letramento deve fazer parte do cotidiano das crianças, e não, empurrado de goela abaixo. Desta forma, o autor reforça a idéia de um currículo com fundamentos no brincar, e mais uma vez é visto a defesa do posicionamento do professor, o qual precisa reconhecer que o brincar realmente oferece às crianças experiências ampliadas.
O diretor do Departamento de Arte e Design no Institute of Education, Prentice, acredita e defende que o ensino de artes deva fazer parte do currículo nacional para a educação infantil. E as atividades que serão desenvolvidas sobre artes, dando as crianças a possibilidade de conhecer formas tridimensionais, bidimensionais, cores, entre outras, deverão ser planejadas pelo professor de forma a “prender” o aluno nessas atividades.
Riley é professor de no curso de pós-graduação em educação e Savage é professora de didática da educação de ensino fundamental no Institute of Education, eles desenvolvem o seu artigo demonstrando em forma de algumas pesquisas a importância e o interesse das crianças nas atividades de ciências, acreditando, ser essa uma temática a ser explorada não apenas do ensino fundamental com crianças de 11 anos em diante, mas sim fazer um trabalho planejado desde a educação infantil. Defendem que essas atividades devam ser bem planejadas, sistematizadas e estruturadas, para proporcionar uma verdadeira aprendizagem científica convincente e apropriada.
Griffiths é professora de educação na University of Leicester e desenvolve um rico trabalho em relação a matemática e o brincar, no seu artigo ela também, demonstra algumas atividades com relação à temática desenvolvida. Acredita també, que existam cinco fatores-chave para se defender as vantagens de aprender a matemática por meio do brincar, entre eles estão: propósito, ou seja, tudo que fazemos fica mais fácil de se aprender quando se tem um propósito, e o propósito das crianças é sempre o divertimento; contextualizar as atividades através do brincar, ajuda as crianças entenderem os vínculos entre idéias concretas e abstratas. Os demais fatores-chave estão explicitados acerca do controle e a responsabilidade, tempo e atividade prática.
Pascal e Bertram ambos são professores de educação no Worcester College of Higher Education e no seu artigo eles se focalizam em destacar dez dimensões da qualidade do brincar, e defende que as mesmas estão separadas para melhor serem entendidas, mas no trabalho pedagógico elas são vistas inter-relacionadas. A primeira dimensão são as metas e objetivos, esta dimensão refere-se às declarações escritas e faladas a respeito de políticas, em um ambiente em que as metas e os objetivos da provisão do brincar são explicitados. A segunda dimensão é o currículo esta dimensão tem a ver com a variedade e o equilíbrio das atividades lúdicas oferecidas e com as oportunidades de aprendizagem que elas proporcionam às crianças. A terceira dimensão são as estratégias de aprendizagem e ensino esta dimensão tem a ver com o modo como o brincar é organizado e estruturado para incentivar a aprendizagem e descoberta. A quarta dimensão é o planejamento, avaliação e manutenção de registros esta dimensão examina como o brincar é planejado e questões com quem está envolvido no processo do planejamento e em que média o planejamento está baseado na avaliação anterior da atividade lúdica. A quinta dimensão se refere a equipe esta dimensão focaliza as oportunidades de envolvimento da equipe na atividade lúdica das crianças. A sexta dimensão refere-se ao ambiente físico examina o contexto em que o brincar ocorre. A acessibilidade, as condições e a adequação dos equipamentos lúdicos são documentadas. A sétima dimensão são os relacionamentos e interações esta dimensão examina como as crianças e os adultos interagem em seu brincar. A oitava dimensão refere-se às oportunidades iguais, ou seja, à maneira pela qual o brincar reflete e celebra a diversidade cultural e física e contesta estereótipos. A nona dimensão se refere a ligação e parceria com os pais esta dimensão focaliza a natureza da parceria com os pais e as maneiras pelas quais eles, e outros membros da comunidade local, estão envolvidos nas atividades lúdicas. A décima dimensão refere-se ao monitoramento e a avaliação esta dimensão examina os procedimentos pelos quais monitoramos e avaliamos a qualidade e a efetividade das políticas lúdicas. No decorrer do artigo os autores desenvolvem um modelo de avaliação e melhoramento do brincar, em que o processo de refletir, justificar e narrar aumente o entendimento profissional dos educadores e que os mesmos se tornem mais confiantes, mais conhecedores e mais articulados em sua defesa da importância e da excelência do brincar na educação infantil.
Hurst é professora no Goldsmiths College, University of London no seu artigo relata algumas estratégias de observação do brincar na primeira infância, relata que os educadores têm muita dificuldade para fazer a observação principalmente quando os mesmos estão sob pressão devido a recursos inadequados de equipe, acomodação, espaço ao ar livre e equipamentos. No decorrer do artigo a autora disponibiliza alguns formulários de observação, que precisam ser o mais simples possível. Desta forma termina o seu artigo defendendo o brincar, e solicitando aos educadores que nos seus estudos, tentem convencer os pais da importância do brincar na aprendizagem.
Bruce é ex-diretora do Center for Early Childhood Studies no Froebel Institute defende de forma geral o brincar livre, em que a criança irá contextualizar o brincar de forma que tenha maior significado para ela é o brincar de fluxo livre. Segundo Erikson, por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro. A autora desenvolve uma preocupação em relação ao pouco tempo que as crianças da sociedade atual tem para brincar e fluxo livre, ou seja, elas estão cada vez mais dentro da escola formal. E mais uma vez é visto a defesa de um currículo apropriado e de qualidade. Enfatiza também que uma sociedade onde as crianças não brincam de fluxo livre provavelmente desmoronará.
No posfácio Moyles na tentativa de concluir o livro, atividade essa complexa, a autora demonstra concordar com os demais artigos, no que se refere à tentativa de defender a excelência do brincar. E alerta aos professores o valor que existe no brincar infantil e como ele pode ser transformado em um poderoso instrumento de aprendizagem.
Por fim a autora deixa uma fala de uma criança para demonstrar o que é o brincar para ela.
O livro “A excelência do brincar” tem uma leitura leve, prazerosa, e acima de tudo reflexiva o que possibilita aos educadores um novo olhar sobre o brincar e as verdadeiras possibilidades que o mesmo traz na vida da criança e posteriormente.
Este livro é de suma importância e não pode faltar nas leituras de todos os educadores mundiais, que precisam se inteirar das questões que envolvem a educação infantil nas muitas facetas que envolvem essa etapa da educação. Para os pais, é recomendada a leitura desse livro para desmistificar a idéia de que o brincar não leva a aprendizagem. E para que tanto educadores, como pais se envolvam mais no mundo do brincar.



A professora titular de educação na University of Leicester, Janet R. Moyles, é responsável pela educação inicial e pela formação dos professores de educação infantil inicial. Seus livros incluem Só brincar? Publicado pela Artmed.
Moyles organiza um livro coletânea, onde há vários artigos escritos por estudiosos dessa temática que discuti o brincar como sendo essencial para a criança, tanto fora da escola, como no contexto educacional. Elucida que o brincar quando é mandado é diferente do brincar livre, do cotidiano, onde a estruturação, as regras, o tempo, tudo é feito pela própria criança. E como garantir essa excelência e a qualidade na provisão do brincar? Sendo um fator fundamental para a elevação da educação infantil e posterior.
No primeiro capítulo, o autor Peter K. Smith, professor de Psicologia, faz suas pesquisas em várias comunidades, com tipos diversificados de culturas, e por meio dessas pesquisas, demonstra que o brincar vai depender dessa cultura local, e das manifestações dos adultos frente a esse direito que é, e que deve ser de toda criança. Na maioria das sociedades, desta forma, o brincar é aceito como atividade infantil, porém sua importância não é reconhecida como parte fundamental do desenvolvimento cognitivo, social, entre outros.
A autora Hislam, professora de didática, faz seus estudos acerca de como está organizada a questão do gênero no brincar. Verificando os espaços do brincar de faz-de-conta em que há predominância feminina em detrimento à figura masculina. A autora alerta para que os educadores possam estar trabalhando essas questões de forma diversificada, para não fomentar os esteriótipos determinados pela sociedade.
Brown é diretor de uma escola de ensino fundamental, e realizou suas observações e estudos acerca do brincar no pátio, um dos poucos espaços tido pelas crianças para brincar livremente. Diz que, as brincadeiras e os jogos constituem a base em torno da qual giram as atividades sociais e culturais das crianças. E a forma em que as crianças lidam com os conflitos que envolvem a brincadeira determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver maior competência e, conseqüentemente, conquistar status.
Anning é professora do ensino de artes para as primeiras séries, abre o segundo capítulo do livro, refletindo sobre o currículo nacional, desenvolvido por uma sociedade machista que não tem uma visão ampla sobre o brincar e suas conseqüências no desenvolvimento infantil e posterior, desta forma traz pressupostos relevantes para a discussão de um possível currículo alternativo baseado nos estudos de Gardner que defende a existência de oito tipos de inteligências, sendo elas: lingüística, lógico-matemática, musical/auditiva, visual/espacial, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e intuititva/epiritual. Compor um currículo observando essas e tantas outras peculiaridades da educação infantil seria chegar ao ideal da educação.
Abbot é professora de didática em educação infantil, relata no seu artigo que, se o educador conhece o contexto das crianças e seus pais, as atividades que envolvem o brincar estarão sendo desenvolvidas com tranqüilidade. Defende também, que o brincar como oportunidade de construção cognitiva é essencial para o currículo da educação infantil.
Responsável pela disciplina de educação fundamental, Kitson escreve seu artigo sobre a importância do brincar sociodramático, em que a criança faz uso da sua fantasia. Estudos aprofundados por Freud, considerado o maior psicalanista de todos os tempos, enfatiza que, por meio do brincar sociodramático, os educadores podem criar uma situação e uma motivação que estimularão as crianças a se comportarem e a funcionarem em um nível cognitivo acima da sua norma.
Heaslip é consultor sobre a primeira infância, e desta forma acredita que apesar de atualmente a televisão está tomando conta dos espaços, os quais as crianças poderiam estar brincando, a escola precisa empregar uma avaliação de baixo para cima, sendo assim, a escola estará desempenhando sua responsabilidade cada vez maior de garantir que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma maneira que seja apropriada para elas, por meio do brincar.
Hall é professor titular na School of Education, argumenta que o letramento deve fazer parte do cotidiano das crianças, e não, empurrado de goela abaixo. Desta forma, o autor reforça a idéia de um currículo com fundamentos no brincar, e mais uma vez é visto a defesa do posicionamento do professor, o qual precisa reconhecer que o brincar realmente oferece às crianças experiências ampliadas.
O diretor do Departamento de Arte e Design no Institute of Education, Prentice, acredita e defende que o ensino de artes deva fazer parte do currículo nacional para a educação infantil. E as atividades que serão desenvolvidas sobre artes, dando as crianças a possibilidade de conhecer formas tridimensionais, bidimensionais, cores, entre outras, deverão ser planejadas pelo professor de forma a “prender” o aluno nessas atividades.
Riley é professor de no curso de pós-graduação em educação e Savage é professora de didática da educação de ensino fundamental no Institute of Education, eles desenvolvem o seu artigo demonstrando em forma de algumas pesquisas a importância e o interesse das crianças nas atividades de ciências, acreditando, ser essa uma temática a ser explorada não apenas do ensino fundamental com crianças de 11 anos em diante, mas sim fazer um trabalho planejado desde a educação infantil. Defendem que essas atividades devam ser bem planejadas, sistematizadas e estruturadas, para proporcionar uma verdadeira aprendizagem científica convincente e apropriada.
Griffiths é professora de educação na University of Leicester e desenvolve um rico trabalho em relação a matemática e o brincar, no seu artigo ela também, demonstra algumas atividades com relação à temática desenvolvida. Acredita també, que existam cinco fatores-chave para se defender as vantagens de aprender a matemática por meio do brincar, entre eles estão: propósito, ou seja, tudo que fazemos fica mais fácil de se aprender quando se tem um propósito, e o propósito das crianças é sempre o divertimento; contextualizar as atividades através do brincar, ajuda as crianças entenderem os vínculos entre idéias concretas e abstratas. Os demais fatores-chave estão explicitados acerca do controle e a responsabilidade, tempo e atividade prática.
Pascal e Bertram ambos são professores de educação no Worcester College of Higher Education e no seu artigo eles se focalizam em destacar dez dimensões da qualidade do brincar, e defende que as mesmas estão separadas para melhor serem entendidas, mas no trabalho pedagógico elas são vistas inter-relacionadas. A primeira dimensão são as metas e objetivos, esta dimensão refere-se às declarações escritas e faladas a respeito de políticas, em um ambiente em que as metas e os objetivos da provisão do brincar são explicitados. A segunda dimensão é o currículo esta dimensão tem a ver com a variedade e o equilíbrio das atividades lúdicas oferecidas e com as oportunidades de aprendizagem que elas proporcionam às crianças. A terceira dimensão são as estratégias de aprendizagem e ensino esta dimensão tem a ver com o modo como o brincar é organizado e estruturado para incentivar a aprendizagem e descoberta. A quarta dimensão é o planejamento, avaliação e manutenção de registros esta dimensão examina como o brincar é planejado e questões com quem está envolvido no processo do planejamento e em que média o planejamento está baseado na avaliação anterior da atividade lúdica. A quinta dimensão se refere a equipe esta dimensão focaliza as oportunidades de envolvimento da equipe na atividade lúdica das crianças. A sexta dimensão refere-se ao ambiente físico examina o contexto em que o brincar ocorre. A acessibilidade, as condições e a adequação dos equipamentos lúdicos são documentadas. A sétima dimensão são os relacionamentos e interações esta dimensão examina como as crianças e os adultos interagem em seu brincar. A oitava dimensão refere-se às oportunidades iguais, ou seja, à maneira pela qual o brincar reflete e celebra a diversidade cultural e física e contesta estereótipos. A nona dimensão se refere a ligação e parceria com os pais esta dimensão focaliza a natureza da parceria com os pais e as maneiras pelas quais eles, e outros membros da comunidade local, estão envolvidos nas atividades lúdicas. A décima dimensão refere-se ao monitoramento e a avaliação esta dimensão examina os procedimentos pelos quais monitoramos e avaliamos a qualidade e a efetividade das políticas lúdicas. No decorrer do artigo os autores desenvolvem um modelo de avaliação e melhoramento do brincar, em que o processo de refletir, justificar e narrar aumente o entendimento profissional dos educadores e que os mesmos se tornem mais confiantes, mais conhecedores e mais articulados em sua defesa da importância e da excelência do brincar na educação infantil.
Hurst é professora no Goldsmiths College, University of London no seu artigo relata algumas estratégias de observação do brincar na primeira infância, relata que os educadores têm muita dificuldade para fazer a observação principalmente quando os mesmos estão sob pressão devido a recursos inadequados de equipe, acomodação, espaço ao ar livre e equipamentos. No decorrer do artigo a autora disponibiliza alguns formulários de observação, que precisam ser o mais simples possível. Desta forma termina o seu artigo defendendo o brincar, e solicitando aos educadores que nos seus estudos, tentem convencer os pais da importância do brincar na aprendizagem.
Bruce é ex-diretora do Center for Early Childhood Studies no Froebel Institute defende de forma geral o brincar livre, em que a criança irá contextualizar o brincar de forma que tenha maior significado para ela é o brincar de fluxo livre. Segundo Erikson, por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro. A autora desenvolve uma preocupação em relação ao pouco tempo que as crianças da sociedade atual tem para brincar e fluxo livre, ou seja, elas estão cada vez mais dentro da escola formal. E mais uma vez é visto a defesa de um currículo apropriado e de qualidade. Enfatiza também que uma sociedade onde as crianças não brincam de fluxo livre provavelmente desmoronará.
No posfácio Moyles na tentativa de concluir o livro, atividade essa complexa, a autora demonstra concordar com os demais artigos, no que se refere à tentativa de defender a excelência do brincar. E alerta aos professores o valor que existe no brincar infantil e como ele pode ser transformado em um poderoso instrumento de aprendizagem.
Por fim a autora deixa uma fala de uma criança para demonstrar o que é o brincar para ela.
O livro “A excelência do brincar” tem uma leitura leve, prazerosa, e acima de tudo reflexiva o que possibilita aos educadores um novo olhar sobre o brincar e as verdadeiras possibilidades que o mesmo traz na vida da criança e posteriormente.
Este livro é de suma importância e não pode faltar nas leituras de todos os educadores mundiais, que precisam se inteirar das questões que envolvem a educação infantil nas muitas facetas que envolvem essa etapa da educação. Para os pais, é recomendada a leitura desse livro para desmistificar a idéia de que o brincar não leva a aprendizagem. E para que tanto educadores, como pais se envolvam mais no mundo do brincar.
A professora titular de educação na University of Leicester, Janet R. Moyles, é responsável pela educação inicial e pela formação dos professores de educação infantil inicial. Seus livros incluem Só brincar? Publicado pela Artmed.
Moyles organiza um livro coletânea, onde há vários artigos escritos por estudiosos dessa temática que discuti o brincar como sendo essencial para a criança, tanto fora da escola, como no contexto educacional. Elucida que o brincar quando é mandado é diferente do brincar livre, do cotidiano, onde a estruturação, as regras, o tempo, tudo é feito pela própria criança. E como garantir essa excelência e a qualidade na provisão do brincar? Sendo um fator fundamental para a elevação da educação infantil e posterior.
No primeiro capítulo, o autor Peter K. Smith, professor de Psicologia, faz suas pesquisas em várias comunidades, com tipos diversificados de culturas, e por meio dessas pesquisas, demonstra que o brincar vai depender dessa cultura local, e das manifestações dos adultos frente a esse direito que é, e que deve ser de toda criança. Na maioria das sociedades, desta forma, o brincar é aceito como atividade infantil, porém sua importância não é reconhecida como parte fundamental do desenvolvimento cognitivo, social, entre outros.
A autora Hislam, professora de didática, faz seus estudos acerca de como está organizada a questão do gênero no brincar. Verificando os espaços do brincar de faz-de-conta em que há predominância feminina em detrimento à figura masculina. A autora alerta para que os educadores possam estar trabalhando essas questões de forma diversificada, para não fomentar os esteriótipos determinados pela sociedade.
Brown é diretor de uma escola de ensino fundamental, e realizou suas observações e estudos acerca do brincar no pátio, um dos poucos espaços tido pelas crianças para brincar livremente. Diz que, as brincadeiras e os jogos constituem a base em torno da qual giram as atividades sociais e culturais das crianças. E a forma em que as crianças lidam com os conflitos que envolvem a brincadeira determinará sua capacidade de construir relacionamentos, desenvolver maior competência e, conseqüentemente, conquistar status.
Anning é professora do ensino de artes para as primeiras séries, abre o segundo capítulo do livro, refletindo sobre o currículo nacional, desenvolvido por uma sociedade machista que não tem uma visão ampla sobre o brincar e suas conseqüências no desenvolvimento infantil e posterior, desta forma traz pressupostos relevantes para a discussão de um possível currículo alternativo baseado nos estudos de Gardner que defende a existência de oito tipos de inteligências, sendo elas: lingüística, lógico-matemática, musical/auditiva, visual/espacial, cinestésica, interpessoal, intrapessoal e intuititva/epiritual. Compor um currículo observando essas e tantas outras peculiaridades da educação infantil seria chegar ao ideal da educação.
Abbot é professora de didática em educação infantil, relata no seu artigo que, se o educador conhece o contexto das crianças e seus pais, as atividades que envolvem o brincar estarão sendo desenvolvidas com tranqüilidade. Defende também, que o brincar como oportunidade de construção cognitiva é essencial para o currículo da educação infantil.
Responsável pela disciplina de educação fundamental, Kitson escreve seu artigo sobre a importância do brincar sociodramático, em que a criança faz uso da sua fantasia. Estudos aprofundados por Freud, considerado o maior psicalanista de todos os tempos, enfatiza que, por meio do brincar sociodramático, os educadores podem criar uma situação e uma motivação que estimularão as crianças a se comportarem e a funcionarem em um nível cognitivo acima da sua norma.
Heaslip é consultor sobre a primeira infância, e desta forma acredita que apesar de atualmente a televisão está tomando conta dos espaços, os quais as crianças poderiam estar brincando, a escola precisa empregar uma avaliação de baixo para cima, sendo assim, a escola estará desempenhando sua responsabilidade cada vez maior de garantir que elas não sejam privadas das oportunidades de descobrir a respeito de si mesmas e do seu mundo e que tenham o direito de aprender de uma maneira que seja apropriada para elas, por meio do brincar.
Hall é professor titular na School of Education, argumenta que o letramento deve fazer parte do cotidiano das crianças, e não, empurrado de goela abaixo. Desta forma, o autor reforça a idéia de um currículo com fundamentos no brincar, e mais uma vez é visto a defesa do posicionamento do professor, o qual precisa reconhecer que o brincar realmente oferece às crianças experiências ampliadas.
O diretor do Departamento de Arte e Design no Institute of Education, Prentice, acredita e defende que o ensino de artes deva fazer parte do currículo nacional para a educação infantil. E as atividades que serão desenvolvidas sobre artes, dando as crianças a possibilidade de conhecer formas tridimensionais, bidimensionais, cores, entre outras, deverão ser planejadas pelo professor de forma a “prender” o aluno nessas atividades.
Riley é professor de no curso de pós-graduação em educação e Savage é professora de didática da educação de ensino fundamental no Institute of Education, eles desenvolvem o seu artigo demonstrando em forma de algumas pesquisas a importância e o interesse das crianças nas atividades de ciências, acreditando, ser essa uma temática a ser explorada não apenas do ensino fundamental com crianças de 11 anos em diante, mas sim fazer um trabalho planejado desde a educação infantil. Defendem que essas atividades devam ser bem planejadas, sistematizadas e estruturadas, para proporcionar uma verdadeira aprendizagem científica convincente e apropriada.
Griffiths é professora de educação na University of Leicester e desenvolve um rico trabalho em relação a matemática e o brincar, no seu artigo ela também, demonstra algumas atividades com relação à temática desenvolvida. Acredita també, que existam cinco fatores-chave para se defender as vantagens de aprender a matemática por meio do brincar, entre eles estão: propósito, ou seja, tudo que fazemos fica mais fácil de se aprender quando se tem um propósito, e o propósito das crianças é sempre o divertimento; contextualizar as atividades através do brincar, ajuda as crianças entenderem os vínculos entre idéias concretas e abstratas. Os demais fatores-chave estão explicitados acerca do controle e a responsabilidade, tempo e atividade prática.
Pascal e Bertram ambos são professores de educação no Worcester College of Higher Education e no seu artigo eles se focalizam em destacar dez dimensões da qualidade do brincar, e defende que as mesmas estão separadas para melhor serem entendidas, mas no trabalho pedagógico elas são vistas inter-relacionadas. A primeira dimensão são as metas e objetivos, esta dimensão refere-se às declarações escritas e faladas a respeito de políticas, em um ambiente em que as metas e os objetivos da provisão do brincar são explicitados. A segunda dimensão é o currículo esta dimensão tem a ver com a variedade e o equilíbrio das atividades lúdicas oferecidas e com as oportunidades de aprendizagem que elas proporcionam às crianças. A terceira dimensão são as estratégias de aprendizagem e ensino esta dimensão tem a ver com o modo como o brincar é organizado e estruturado para incentivar a aprendizagem e descoberta. A quarta dimensão é o planejamento, avaliação e manutenção de registros esta dimensão examina como o brincar é planejado e questões com quem está envolvido no processo do planejamento e em que média o planejamento está baseado na avaliação anterior da atividade lúdica. A quinta dimensão se refere a equipe esta dimensão focaliza as oportunidades de envolvimento da equipe na atividade lúdica das crianças. A sexta dimensão refere-se ao ambiente físico examina o contexto em que o brincar ocorre. A acessibilidade, as condições e a adequação dos equipamentos lúdicos são documentadas. A sétima dimensão são os relacionamentos e interações esta dimensão examina como as crianças e os adultos interagem em seu brincar. A oitava dimensão refere-se às oportunidades iguais, ou seja, à maneira pela qual o brincar reflete e celebra a diversidade cultural e física e contesta estereótipos. A nona dimensão se refere a ligação e parceria com os pais esta dimensão focaliza a natureza da parceria com os pais e as maneiras pelas quais eles, e outros membros da comunidade local, estão envolvidos nas atividades lúdicas. A décima dimensão refere-se ao monitoramento e a avaliação esta dimensão examina os procedimentos pelos quais monitoramos e avaliamos a qualidade e a efetividade das políticas lúdicas. No decorrer do artigo os autores desenvolvem um modelo de avaliação e melhoramento do brincar, em que o processo de refletir, justificar e narrar aumente o entendimento profissional dos educadores e que os mesmos se tornem mais confiantes, mais conhecedores e mais articulados em sua defesa da importância e da excelência do brincar na educação infantil.
Hurst é professora no Goldsmiths College, University of London no seu artigo relata algumas estratégias de observação do brincar na primeira infância, relata que os educadores têm muita dificuldade para fazer a observação principalmente quando os mesmos estão sob pressão devido a recursos inadequados de equipe, acomodação, espaço ao ar livre e equipamentos. No decorrer do artigo a autora disponibiliza alguns formulários de observação, que precisam ser o mais simples possível. Desta forma termina o seu artigo defendendo o brincar, e solicitando aos educadores que nos seus estudos, tentem convencer os pais da importância do brincar na aprendizagem.
Bruce é ex-diretora do Center for Early Childhood Studies no Froebel Institute defende de forma geral o brincar livre, em que a criança irá contextualizar o brincar de forma que tenha maior significado para ela é o brincar de fluxo livre. Segundo Erikson, por meio do nosso brincar durante a infância nós nos tornamos parceiros do nosso futuro. A autora desenvolve uma preocupação em relação ao pouco tempo que as crianças da sociedade atual tem para brincar e fluxo livre, ou seja, elas estão cada vez mais dentro da escola formal. E mais uma vez é visto a defesa de um currículo apropriado e de qualidade. Enfatiza também que uma sociedade onde as crianças não brincam de fluxo livre provavelmente desmoronará.
No posfácio Moyles na tentativa de concluir o livro, atividade essa complexa, a autora demonstra concordar com os demais artigos, no que se refere à tentativa de defender a excelência do brincar. E alerta aos professores o valor que existe no brincar infantil e como ele pode ser transformado em um poderoso instrumento de aprendizagem.
Por fim a autora deixa uma fala de uma criança para demonstrar o que é o brincar para ela.
O livro “A excelência do brincar” tem uma leitura leve, prazerosa, e acima de tudo reflexiva o que possibilita aos educadores um novo olhar sobre o brincar e as verdadeiras possibilidades que o mesmo traz na vida da criança e posteriormente.
Este livro é de suma importância e não pode faltar nas leituras de todos os educadores mundiais, que precisam se inteirar das questões que envolvem a educação infantil nas muitas facetas que envolvem essa etapa da educação. Para os pais, é recomendada a leitura desse livro para desmistificar a idéia de que o brincar não leva a aprendizagem. E para que tanto educadores, como pais se envolvam mais no mundo do brincar.

4 comentários:

  1. Preciso saber o nome completo de Moyles sem abreviações para colocar como referencia no meu tcc.

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  2. Muito bom!!! Foi de excelente ajuda. :)

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  3. Muito bom Obrigada por Compartilhar 🙏🏼

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