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21 de jan. de 2013

Os Sete Saberes necessários à educação do futuro

Título do livro: Os Sete Saberes necessários à educação do futuro


I) Assunto Principal: Os Sete Saberes querem apresentar problemas centrais e fundamentais que estão adormecidos ou esquecidos e que são imprescindíveis para se ensinar neste novo século.


 II) Síntese da obra: As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; Os princípios do conhecimento pertinente; Ensinar a condição humana; Ensinar a identidade terrena; Enfrentar as incertezas; Ensinar a compreensão; e A ética do gênero humano – Os Sete Saberes indispensáveis enunciados por Morin – constituem eixos e, ao mesmo tempo, caminhos que se abrem a todos os que pensam e fazem educação, e que estão preocupados com o futuro das crianças e adolescentes.   



1. As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão:   A educação deve mostrar que não há conhecimento que não esteja, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão. O conhecimento, sob forma de palavra, de idéia, de teoria, é o fruto de uma tradução/reconstrução por meio da linguagem e do pensamento e, por conseguinte, está sujeito ao erro. A educação deve-se dedicar à identificação da origem de erros (mentais, intelectuais e da razão), ilusões e cegueiras paradigmáticas.   

 2. Os princípios do conhecimento pertinente:   A era planetária necessita situar tudo no contexto e no complexo planetário. O conhecimento do mundo como mundo é necessidade ao mesmo tempo intelectual e vital. Neste novo século, todo cidadão deve ter acesso às informações sobre o mundo e ter a possibilidade de articulá-las e organizá-las. O conhecimento pertinente deve enfrentar a complexidade (Complexus significa o que foi tecido junto)   

 3. Ensinar a condição humana:   Conhecer o humano é, antes de mais nada, situá-lo no universo, e não separá-lo dele. Este saber mostra como é possível, com base nas disciplinas atuais, reconhecer a unidade e a complexidade humanas, reunindo e organizando conhecimentos dispersos nas ciências da natureza, nas ciências humanas, na literatura, na filosofia, e põe em evidência o elo indissolúvel entre a unidade e a diversidade de tudo que é humano.  
  
4) Ensinar a identidade terrena:    Civilizar e solidarizar a Terra, transformar a espécie humana em verdadeira humanidade torna-se o objetivo fundamental e global de toda educação que aspira não apenas ao progresso, mas à sobrevida da humanidade. A consciência de nossa humanidade nesta era planetária deveria conduzir-nos à solidariedade e à comiseração recíproca, de indivíduo, de todos para todos. A educação do futuro deverá ensinar a ética da compreensão planetária.  

5) Enfrentar as incertezas:   O surgimento do novo não poderia ser previsto, senão não seria novo. É necessário que todos os que se ocupam da educação constituam a vanguarda ante a incerteza de nossos tempos. Torna-se importantíssimo ensinar princípios de estratégia que permitam enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza, e modificar seu desenvolvimento, em virtude das informações adquiridas ao longo do tempo. É preciso aprender a navegar a navegar em um oceano de incertezas em meio a arquipélagos de certeza.  

 6) Ensinar a compreensão:   O problema da compreensão tornou-se crucial para os humanos. E, por este motivo, deve ser uma das finalidades da educação do futuro.Educar para compreender a matemática ou uma disciplina determinada é uma coisa; educar para a compreensão humana é outra. A compreensão é ao mesmo tempo meio e fim da comunicação humana. O planeta necessita, em todos os sentidos, de compreensão mútua. Considerando a importância da educação para a compreensão, em todos os níveis educativos e em todas as idades, o desenvolvimento da compreensão pede a reforma das mentalidades. Esta deve ser a obra para a educação do futuro. 
   
7) A ética do gênero humano:  A educação deve conduzir à “antropo-ética”, levando em conta o caráter ternário da condição humana, que é ser ao mesmo tempo indivíduo/sociedade/espécie. A ética não poderia ser ensinada por meio de lições de moral. Deve formar-se nas mentes com base na consciência de que o humano é, ao mesmo tempo, indivíduo, parte da sociedade, parte da espécie. Carregamos em nós esta tripla realidade. Desse modo, todo desenvolvimento verdadeiramente humano deve compreender o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e da consciência de pertencer à espécie humana. Não possuímos as chaves que abririam as portas de um futuro melhor. Não conhecemos o caminho traçado. Felizmente, o caminho se faz caminhando.

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