Aprendendo e Ensinando
com Competência
“Há profissionais competentes e profissionais que parecem ir além. Há profissionais capazes de desempenhar bem suas funções estes são apenas competentes e, há profissionais capazes de construir cenário. Estes são meta competentes” (Eugênio Mussak-2003). Na complexidade do contexto atual, e as novas estruturas familiares, sociais, econômicas, empresariais e políticas, nacionais e mundiais, requerem um novo perfil de professor profissional. Os professores profissionais trabalham mal, na maioria das vezes não é por falta de motivação, preguiça ou deslealdade, mas por falta de competência. E competência se constrói através do conhecimento. É certo que as competências são construídas a partir da experiência e principalmente da reflexão sobre as mesmas, podemos afirmar então, com convicção, que o professor profissional competente nunca está pronto. Mal e Bem Estar Docente, passa necessariamente pela competência de aprender e ensinar que o professor profissional possui. Saber como construir competências só terá validade se isso for buscado tenazmente no dia a dia pelo professor profissional. Acredito que a pessoa mais parecida com o aluno é o professor, então investir na sua formação continuada é também um compromisso do próprio professor profissional. Conforme Perrenoud, Paquay, Altet e Charlier - “Formar profissionais a partir da organização de situações de aprendizagens é a meta principal dos programas de formação de professores, da educação infantil à universidade. Um professor profissional domina as habilidades do ofício e revela uma” competência prática “no âmbito do ensino, sendo capaz sozinho e com os outros, de definir e ajustar projetos com base nos objetivos e nos princípios de ética propostos, de analisar suas práticas e, através desta análise, de se auto qualificar ao longo de toda a sua carreira”. A sociedade de hoje, apercebeu-se da complexidade do sistema educativo e elege-o como uma das suas principais preocupações. O que é saudável, e mesmo indispensável, num país como o Brasil, elemento chave na qualidade do desenvolvimento. O objetivo principal da educação não pode ser outro senão a pessoa. Ajudá-la a ser ela mesma, no e com o mundo, a serem livres, conscientes, comprometidas, dinâmicas e autênticas com o mundo, com a vida e consigo mesma. Deve-se educar para a esperança porque ela liberta o ser humano da angústia, da insensibilidade, da omissão, da opressão e do descompromisso. A educação não pode permanecer a margem desse processo de mudanças estruturais tão profundas que vem ocorrendo no mundo. Diante desse enorme contingente de informações de todo o gênero e ordem, compete, então à educação a responsabilidade de dar sentido a ela e ajudar a construir um novo futuro. Nesta sociedade os cidadãos precisam construir a competência de aprender a aprender, trabalhar em equipe, apresentar soluções para resolver problemas e situações do dia a dia, demonstrar senso crítico e criatividade de modo a buscar oportunidades de êxito profissional e realização pessoal. Além desses destaques desafiadores acima citados, existe outro e importantíssimo desafio que é – auxiliar na construção de cidadãos que devemos buscar a humanização dessa sociedade, abrindo caminhos para que não se percam valores importantes para o ser humano como a sensibilidade, a solidariedade e a paz de modo que essa sociedade não se torne cada vez mais excludente. Desempenho e competência se fundem para oferecer aos educadores um ensino – aprendizagem compatível com seu potencial, pois o saber não é municipal, estadual, o saber é construído pela parceria, pelos encontros e desencontros, pelas comunidades que depositam suas expectativas e confiança nos estabelecimentos escolares, e também nos seus professores, funcionários e dirigentes. Pensar educação significa aceitar a possibilidade de transformar, respeitando as fronteiras do que já foi construído, pois todos grupos envolvidos tiveram sua trajetória, suas lutas e seus desafios, portanto de forma alguma poderemos desprezar essa caminhada. Educação não é um bem passível de divisão, tão pouco um evento onde são distribuídas responsabilidades. É preciso ter consciência de que a ação de cada um interfere na ação do outro e, por isso, todos somos responsáveis na busca de melhores resultados e de um mundo melhor.
créditos:Maria José Machado de Lima
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