Título do livro: Os Sete Saberes necessários à educação do futuro
I)
Assunto Principal:
Os Sete Saberes querem apresentar problemas centrais e fundamentais
que estão adormecidos ou esquecidos e que são imprescindíveis para
se ensinar neste novo século.
II)
Síntese da obra:
As
cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; Os princípios do
conhecimento pertinente; Ensinar a condição humana; Ensinar a
identidade terrena; Enfrentar as incertezas; Ensinar a compreensão;
e A ética do gênero humano – Os Sete Saberes indispensáveis
enunciados por Morin – constituem eixos e, ao mesmo tempo, caminhos
que se abrem a todos os que pensam e fazem educação, e que estão
preocupados com o futuro das crianças e adolescentes.
1.
As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão:
A educação deve mostrar que não há conhecimento que não esteja,
em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão. O conhecimento,
sob forma de palavra, de idéia, de teoria, é o fruto de uma
tradução/reconstrução por meio da linguagem e do pensamento e,
por conseguinte, está sujeito ao erro. A educação deve-se dedicar
à identificação da origem de erros (mentais, intelectuais e da
razão), ilusões e cegueiras paradigmáticas.
2.
Os princípios do conhecimento pertinente:
A era planetária necessita situar tudo no contexto e no complexo
planetário. O conhecimento do mundo como mundo é necessidade ao
mesmo tempo intelectual e vital. Neste novo século, todo cidadão
deve ter acesso às informações sobre o mundo e ter a possibilidade
de articulá-las e organizá-las. O conhecimento pertinente deve
enfrentar a complexidade (Complexus significa o que foi tecido junto)
3.
Ensinar a condição humana:
Conhecer o humano é, antes de mais nada, situá-lo no universo, e
não separá-lo dele. Este saber mostra como é possível, com base
nas disciplinas atuais, reconhecer a unidade e a complexidade
humanas, reunindo e organizando conhecimentos dispersos nas ciências
da natureza, nas ciências humanas, na literatura, na filosofia, e
põe em evidência o elo indissolúvel entre a unidade e a
diversidade de tudo que é humano.
4)
Ensinar a identidade terrena:
Civilizar e solidarizar a Terra, transformar a espécie humana em
verdadeira humanidade torna-se o objetivo fundamental e global de
toda educação que aspira não apenas ao progresso, mas à sobrevida
da humanidade. A consciência de nossa humanidade nesta era
planetária deveria conduzir-nos à solidariedade e à comiseração
recíproca, de indivíduo, de todos para todos. A educação do
futuro deverá ensinar a ética da compreensão planetária.
5)
Enfrentar as incertezas:
O surgimento do novo não poderia ser previsto, senão não seria
novo. É necessário que todos os que se ocupam da educação
constituam a vanguarda ante a incerteza de nossos tempos. Torna-se
importantíssimo ensinar princípios de estratégia que permitam
enfrentar os imprevistos, o inesperado e a incerteza, e modificar seu
desenvolvimento, em virtude das informações adquiridas ao longo do
tempo. É preciso aprender a navegar a navegar em um oceano de
incertezas em meio a arquipélagos de certeza.
6)
Ensinar a compreensão:
O problema da compreensão tornou-se crucial para os humanos. E, por
este motivo, deve ser uma das finalidades da educação do
futuro.Educar para compreender a matemática ou uma disciplina
determinada é uma coisa; educar para a compreensão humana é outra.
A compreensão é ao mesmo tempo meio e fim da comunicação humana.
O planeta necessita, em todos os sentidos, de compreensão mútua.
Considerando a importância da educação para a compreensão, em
todos os níveis educativos e em todas as idades, o desenvolvimento
da compreensão pede a reforma das mentalidades. Esta deve ser a obra
para a educação do futuro.
7)
A ética do gênero humano:
A educação deve conduzir à “antropo-ética”, levando em conta
o caráter ternário da condição humana, que é ser ao mesmo tempo
indivíduo/sociedade/espécie. A ética não poderia ser ensinada por
meio de lições de moral. Deve formar-se nas mentes com base na
consciência de que o humano é, ao mesmo tempo, indivíduo, parte da
sociedade, parte da espécie. Carregamos em nós esta tripla
realidade. Desse modo, todo desenvolvimento verdadeiramente humano
deve compreender o desenvolvimento conjunto das autonomias
individuais, das participações comunitárias e da consciência de
pertencer à espécie humana. Não possuímos as chaves que abririam
as portas de um futuro melhor. Não conhecemos o caminho traçado.
Felizmente, o caminho se faz caminhando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
- Faça Seu Comentário sem Medo
- Não Xingar ou Ofender os Usuários
- Faça Perguntas a Vontade