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Esta iniciativa consite em ações que possibilitem momentos de reflexão e construção pedagogica, abrangendo ainda propostas significativas para a prática cotidiana do educadores. De acordo com o contexto escolar e vivências as ideias e sugestões podem ser adequadas as necessidades reais nas expectativas de educadores e educandos

19 de mai. de 2013

Quando eles descobrem a sexualidade


A fase da sexualidade é apenas mais uma e faz parte do desenvolvimento dos pequenos tanto quanto engatinhar, andar ou falar. E a melhor maneira de passar por ela é sendo verdadeiro com eles, como sempre...

A questão da sexualidade na infância é um assunto bastante delicado, que deixa muitos pais em pânico, sem saber como lidar com ela.

Conforme a criança vai crescendo e começa a fazer certas perguntas ou agir de uma maneira diferente, os pais logo se perguntam: será que devo falar sobre sexualidade com meu filho, posso tomar banho junto com ele ou é melhor evitar ficar nu na frente da criança? Como devo agir quanto à masturbação?

O grande problema é que, às vezes, os pais ou educadores encaram a sexualidade de uma forma distorcida. Porém a sexualidade infantil faz parte do desenvolvimento normal da criança, é apenas uma função como tantas outras, e é preciso encará-la da forma mais natural possível.

A educação sexual acontece de qualquer maneira. Mesmo que os pais não conversem com a criança a respeito ou não respondam às suas perguntas a cerca do assunto, a criança vai desenvolver essa função. Mas é a partir da atitude dos pais que eles aprendem se o sexo é certo ou errado, bonito ou feio. Portanto, o melhor é não fugir do assunto.

Segundo a psicóloga Fernanda Roche, as respostas devem ser simples e claras, não havendo necessidade de responder além do que lhe for perguntado. "A própria criança dará os sinais do momento mais adequado de saber cada coisa", afirma ela.

E não adianta inventar mentirinhas bobas para a criança, como dizer que é a cegonha quem traz o bebê ou que eles são comprados no hospital. Elas são muito espertas e logo descobrem a verdade e, assim, os pais ficam desacreditados pelos filhos.

A psicóloga Fernanda sugere falar a verdade, introduzindo neste momento palavras científicas (pênis, vagina) para mostrar a seriedade do assunto, evitando assim gozações, malícia e palavras de duplo sentido.

Com crianças menores de cinco anos, é preciso ser mais claro e preciso, já as maiores podem compreender uma informação mais elaborada. Não é preciso ser um especialista para dar uma informação suficientemente boa. O fato é que estaremos no caminho certo se nossos filhos pensarem: "Vou perguntar a mamãe e papai que eles sempre me respondem".

Quanto ao fato de deixar a criança dormir na cama dos pais, a psicóloga deixa bem claro: não é recomendável que o filho tome o lugar de um dos pais ausente à cama, pois erotiza a criança de forma inadequada. "Elas fazem fantasias que não são benéficas ao desenvolvimento emocional. É preciso também dar a noção de privacidade aos filhos".

Ela diz ainda que não há nenhum problema dos pais ficarem nus na frente dos filhos, contanto que ajam de uma maneira natural e espontânea, permitindo que as crianças tenham uma percepção das diferenças entre os sexos. A curiosidade diminuirá com o tempo e, a partir dos seis ou sete anos, a criança começará a ter pudor.

Segundo a profissional, a auto-exploração ou masturbação é outra experiência fundamental para a sexualidade saudável. Essa experiência da auto-exploração só trará prejuízos se for punida ou se a criança sentir-se culpada por esta atividade natural.

A recomendação de Fernanda é que os pais ignorem ou mostrem compreender a criança. "Se a criança fizer isto na sua frente ou na de outras pessoas e você ache inadequado, diga que entende ser gostoso, mas que aquele não é o local certo, ensinando-lhe a noção de privacidade", aconselha ela.

Dicas:
0 a 3 anos
As crianças são curiosas e suas dúvidas em relação à sexualidade podem começar bem cedo. É preciso estar sempre preparado para responder às suas perguntas.
3 a 6 anos
É nessa fase que as crianças manifestam interesse pelos os órgão genitais passam a explorá-los, começando a desenvolver sua sexualidade.
6 a 9 anos
Lembre-se que se a criança estiver se masturbando em público ou excessivamente ela pode estar se utilizando deste recurso para chamar a atenção dos pais para algum problema.

Fonte: http://www.espacomorumbi.com.br/emorumbi/noticias/artigo.php?contoid=102

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