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Esta iniciativa consite em ações que possibilitem momentos de reflexão e construção pedagogica, abrangendo ainda propostas significativas para a prática cotidiana do educadores. De acordo com o contexto escolar e vivências as ideias e sugestões podem ser adequadas as necessidades reais nas expectativas de educadores e educandos

4 de ago. de 2013

Resumo do livro: APRENDER CONTEÚDOS E DESENVOLVER CAPACIDADES - César Coll, Martín, Elena e Colaboradores

O primeiro objeto de qualquer ato de aprendizagem, além do prazer que nos possa dar, é o de que deverá servir-nos no presente e valer-nos no futuro. Aprender não deve apenas levar a algum lugar, mas também permitir, posteriormente, ir além de maneira mais fácil. Também é a construção de significados relativos ao conteúdo da mesma por parte do aluno. Acredito que há vários modos pelos quais a aprendizagem será útil para o futuro. Deste modo, a aprendizagem escolar aparece como resultado de uma interação de três elementos:
O aluno, que constrói os significados;
Os conteúdos de aprendizagem pelos quais o aluno constrói os significados;
O professor, que atua como mediador entre o conteúdo e o aprender do aluno.

Cada geração e projetos pedagógicos dão nova forma às aspirações que modelam a educação em seu tempo. O que talvez esteja surgindo, como marca nossa, é um amplo renovar da preocupação com a qualidade e os objetivos intelectuais da educação, sem que abandonemos, porém o ideal de que ela deve ser um meio de preparar homens bem equilibrados para uma vida saudável. Aí surgem os conceitos, as teorias e os conflitos sociocognitivos baseados em fatos da realidade. Como:

Psicologia genética e ciências experimentais na escola primária, investigando as “condutas exploratórias” que se referem ao interesse pelos padrões de condutas que habitualmente designamos com os nomes de “curiosidade” e “exploração”, assunto recente na história da psicologia cientifica. São várias as atividades “exploratórias” existentes no ambiente escolar como Hipóteses diretrizes. A partir daí adota-se uma definição ampla das atividades espontâneas de exploração e qualifica-se como tal todos os comportamentos ou seqüências de comportamentos. O aspecto metodológico deve respeitar dois princípios básicos: favorecer o aparecimento de atividades espontâneas de exploração e respeitar, na medida do possível, as principais variáveis da situação escolar. A discussão dos resultados, na concepção atual, após os distintos ensaios realizados propõe uma articulação de três níveis de intervenção:

1) as atividades espontâneas, tal como foram expostas:
2) as sessões de síntese,durante as quais o conjunto da classe discute sobre os problemas que apareceram espontaneamente nas sessões de manipulação livre cuja finalidade é provocar uma confrontação de idéias e opiniões:
3) e as atividades propostas que recolhem os problemas que suscitaram mais interesse nas sessões precedentes. Estas três fases não são concebidas em termos de sucessão rígida e sua única constante é partir das atividades espontâneas, isto é, das sessões de manipulação livre. Cabe, no entanto, supor a possibilidade de estabelecer uma tipologia das condutas segundo a sua finalidade exploratória, na esperança de se chegar, assim, a uma hierarquização das mesmas, acontecendo assim a atividade exploratória e investigação da realidade.


Portanto, conceitos, teorias e metodologia sobre o ensino da criança colocam em realce o fato de que, em cada estágio de desenvolvimento, ela possui um modo característico de visualizar, perceber e entender o mundo e explicá-lo para si mesma. A tarefa de ensinar determinada matéria a uma criança, em qualquer idade, é a de representar a estrutura da referida matéria em termos da visualização que a criança tem das coisas. A hipótese geral que se estabelece tem como premissa o amadurecido juízo de que toda “ideia”, “teoria” pode e deve ser representada de maneira honesta e útil nas formas de pensamento da criança em idade escolar. Podendo se confirmar na obra de Piaget e outros teóricos.


A importância da atividade do educador, ou todas as atuações do educador e do aluno, são igualmente determinantes do rumo que o desenvolvimento de uma tarefa vai tomar. A hipótese é que algumas destas decisões e atuações merecem uma atenção especial, a tal ponto que sua confluência permite determinar diferentes modalidades de interatividade ou, o que é a mesma coisa, analisar as tarefas escolares em termos de atividade do aluno e do professor, que se destacam como dimensões como: levar em conta qual é a finalidade educativa que se pretende alcançar com a realização da tarefa; referir-se à existência, ou não, de um saber específico (conhecimentos, normas, hábitos, habilidades) ao redor do qual organiza-se a totalidade da tarefa ou inclusive uma série de tarefas sucessivas; outra dimensão é a que concerne a maneira como o educador planeja,organiza e propõe a tarefa a realizar. No que tange ao professor, a ultima dimensão retida refere-se ao tipo de intervenções que ele faz durante a realização da tarefa.


Já no campo de atuações do aluno, o primeiro fator a se levar em conta é o grau de iniciativa que tem para escolher a tarefa e seu conteúdo, o grau de iniciativa do mesmo na realização da tarefa e no estabelecimento na diferença entre atividades. Quanto às dimensões para a análise da interatividade, referem-se à finalidade educativa que pretende o professor com a tarefa proposta, tais como: potencializar a apropriação de um saber (conhecimento, habilidade, hábito,norma); potencializar a atividade do aluno (com o fim de favorecer a autonomia, a independência, a iniciativa, a apropriação de um saber. Existência ou não de um saber, há um saber escolhido pelo educador ou não há, mas com a introdução, durante a realização da tarefa, a partir da observação do que as crianças fazem ou de suas propostas. Não há nada em absoluto. Planejamento pelo educador.


Ausência de planejamento, propostas de materiais diversos com diretrizes precisas sobre as tarefas a realizar. Proposta de uma tarefa concreta sem diretrizes precisas sobre como executá-la e proposta de uma tarefa detalhada e planejada com instruções precisas para executá-la. Por último, as intervenções do educador durante a realização das tarefas, que são:sem intervenção, intervenções de disciplina e controle, intervenções de direção e supervisão, intervenções de valorização da tarefa, intervenções de reflexo, intervenções de ajuda e intervenções de proposta.


No entanto, e , apesar de tudo, o professor constitui o principal “recurso” no processo de ensino em nossa escolas. Não são necessárias pesquisas elaboradas para saber que comunicar, transmitir conhecimentos depende, em grande medida, do domínio que se possui sobre o conhecimento a ser transmitido. Isto é bastante óbvio, quer o professor utilize ou não outros recursos. Há, claro, certas medidas que devem ser tomadas para melhorar as condições de trabalho desses profissionais, devendo ser perseguido como objetivos primordiais. Para comunicar conhecimentos e oferecer um modelo de competência, o professor deve ter liberdade para ensinar e para aprender. O professor é também um símbolo pessoal imediato do processo educativo, figura com a qual os alunos podem se identificar e se comparar. Um marco Psicológico para o Currículo Escolar.


Embora na elaboração de um currículo escolar seja absolutamente imprescindível utilizar e integrar informações que provêm de fontes distintas (da análise sócio-antropológica, da análise pedagógica e também da análise disciplinar) , as que têm sua origem na análise psicológica possuem, , uma importância especial. O tema das contribuições da psicologia ao currículo, e à educação escolar em geral, é muito complexo e não podemos abordá-lo aqui em todas as suas vertentes.


O marco de referência psicológica representa o quanto a psicologia vem trazendo contribuições para a elaboração do currículo. No entanto, é conveniente fazer uma reflexão prévia sobre um tema que está na origem das intenções de utilizar as contribuições da psicologia no âmbito curricular, para não corrermos o risco de criar confusões, referindo a maneira de entender as relações entre desenvolvimento, aprendizagem e ensino e, conseqüentemente, a própria concepção que se tem da educação em geral, e da educação escolar em particular.


Princípios psicopedagógicos do currículo escolar e seus possíveis efeitos das experiências educacionais escolares sobre o desenvolvimento pessoal do aluno que estão fortemente e igualmente condicionados por sua aptidão cognitiva e pelos conhecimentos prévios e seu nível de desenvolvimento operatório, pertinentes com os quais inicia a sua participação nas mesmas.


Sendo assim, fazendo as considerações finais, a questão relacionada com a elaboração do currículo escolar não manifesta uma preocupação somente de estudos sistematizados e baseados em processos científicos, como também manifestada pela população que passou a se interessar por um problema que até recentemente dizia respeito apenas a especialista como: “Quem vamos ensinar, e com que fim?Esse novo espírito talvez reflita nossos tempos. Um dos pontos sobre o qual se tem manifestado essa preocupação renovada é o planejamento de currículos para as escolas primária e secundária com participação sem precedentes no desenvolvimento de currículos, por parte de estudiosos e cientistas.

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