Cada vez mais o mercado de trabalho exige dos profissionais excelências em comunicação e facilidade para trabalhar em equipe. Ocorre que em boa parte dos casos o sucesso no desempenho dessas tarefas esbarra na falta de bom-senso e de limites entre o que pode ou não ser feito e dito para os colegas da empresa. O Universia conversou com especialistas de carreira que listaram algumas atitudes imperdoáveis no relacionamento diário de uma equipe. Elas poderão ajudá-lo a não sofrer as conseqüências de uma piada fora de hora ou do mau-humor de um membro da turma.
Fazer
fofoca de colegas ausentes
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"Falar
dos outros é sempre delicado. Portanto, se você tem algo a dizer
para seu colega diga diretamente a ele. Desta forma, evita que o
comentário seja mal interpretado e retransmitido por outros
funcionários. Ao fazer uma crítica diretamente ao colega em
questão você evita que seu comentário chegue distorcido aos
ouvidos dele, o que pode gerar conflitos. Além disso, falar pelas
costas e comentar sobre a vida alheia é uma atitude mal vista".
Paulo
de Castro Braune - Diretor Geral da Braune Educação Empresarial.
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Rejeitar
o trabalho em equipe
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"Hoje,
independentemente de seu cargo, é preciso saber trabalhar em
equipe, já que bons resultados dificilmente nascem de ações
individuais. No ambiente corporativo, uns dependem dos outros. Se
o funcionário não estiver disposto a colaborar com os colegas,
certamente será um elo quebrado. Com isso, o grupo/equipe não
chegará ao resultado desejado. Ser resistente ao trabalho em
equipe é um revés grave. Sem essa abertura, dificilmente o
colaborador conseguirá obter sucesso".
Ricardo
Dreves - Diretor da consultoria em RH Dreves e Associados.
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Ser
antipático (a)
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"A
empatia é muito útil no ambiente de trabalho. Você deve ser
leal, cortês, amigo e humilde. Falar bom dia e cumprimentar os
outros são atitudes que demonstram educação e respeito pelos
demais. O fato do trabalho exigir concentração do colaborador
não significa que ele não possa ser cordial e abrir um espaço
na agenda para ajudar os companheiros de equipe".
Marcelo
Abrileri - presidente do site de empregos Curriculum.
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Deixar
conflitos pendentes
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"Conflitos
acumulados podem se agravar. Qualquer tipo de problema referente
ao trabalho, dúvida sobre decisões, responsabilidades que não
foram bem entendidas, alguém que ficou magoado com outro por
algum motivo, enfim, qualquer tipo de desconforto deve ser
esclarecido para evitar a discórdia no ambiente. O funcionário
deve conversar para resolver o assunto, caso contrário, isso
poderá gerar antipatia, fofoca com outros colaboradores e um
clima péssimo para toda a equipe".
Beatriz
Maria Braga Lacombe - professora de gestão de pessoas da FGV
(Fundação Getúlio Vargas), em São Paulo
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Ficar
de cara fechada
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"Ter
um companheiro de equipe com bom humor anima o ambiente de
trabalho, enquanto que topar um colega mal-humorado causa
desconforto do início ao fim do expediente. Esta postura gera
desgastes desnecessários, pois além de deixar toda uma equipe
desmotivada ainda atrapalha a produtividade. Pessoas mal-humoradas
geralmente não toleram brincadeiras. Com isso, automaticamente
são excluídas da equipe, o que não é saudável. Por essa
razão, manter o bom humor no trabalho é fundamental para
cultivar bons relacionamentos".
Julia
Alonso - Sócia diretora da Só Talentos RH, recrutamento e
seleção de estagiários e trainees.
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Deixar
de cultivar relacionamentos
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"Os
melhores empregos não estão nos jornais e nem nos classificados.
A partir do seu relacionamento interpessoal no trabalho é que
conseguirá construir uma rede de contatos (networking)
que servirá, no futuro, para encaminhá-lo às melhores
oportunidades. É importante mostrar dinamismo, ser cooperativo no
trabalho e nunca fechar as portas pelos lugares onde passar".
Sheila
Madrid Saad - professora de Recursos Humanos e Comportamento
Organizacional da Universidade Presbiteriana Mackenzie.
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Não
ouvir os colegas
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"É
importante escutar a todos, mesmo aqueles que têm menos
experiência. Isso estimula a participação e a receptividade de
novas idéias e soluções. Questionar com um ar de superioridade
as opiniões colocadas numa reunião não só intimida quem está
expondo a idéia, como passa uma imagem de que você é hostil. É
necessário refletir sobre o que está sendo dito, não apenas
ouvir e descartar a idéia de antemão por considerá-la inútil".
Cristiane
Leão - analista de desenvolvimento de recursos humanos da
Fundação Mudes - São Paulo.
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Não
respeitar a diversidade
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"Todas
as diferenças devem ser respeitadas entre os membros de uma
equipe. Não é aceitável na nossa sociedade alguém que não
queira contato com outro indivíduo apenas por ele ser diferente.
Ao passo que o funcionário aceita a diversidade, ele amplia as
possibilidades de atuação, seja dentro da organização ou com
um novo cliente. Além disso, o respeito e o tratamento justo são
valores do mundo globalizado que deveriam estar no DNA de todos.
Sem eles, o colaborador atrapalha o relacionamento das equipes,
invade limites dos colegas e a natureza do outro".
Nelci
Maria de Mello - gerente de recrutamento e seleção da empresa
Dupont - companhia científica, com atuação no setor químico.
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Apontar
o erro do outro
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"A
perfeição não é virtude de ninguém. Antes de apontar o erro
do outro, deve-se analisar a sua própria conduta e sua
responsabilidade para o insucesso de um trabalho ou projeto. É
melhor ajudar a solucionar um problema do que criar outro maior em
cima de algo que já deu errado. Lembre-se: errar é humano e o
julgamento não cabe no ambiente de trabalho. No futuro, o erro
apontado pode ser o seu".
Doutor
Helio Roberto Deliberador - professor do Departamento de
Psicologia Social da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo).
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Ficar
nervoso (a) com a equipe
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"Atritos
são inevitáveis no ambiente de trabalho, mas a empatia deve ser
colocada em prática nos momentos de tensão entre a equipe para
evitar que o problema chegue ao gestor e se torne ainda pior. Cada
um tem um tipo de aprendizagem e um ritmo de trabalho, o que não
quer dizer que a qualidade da atividade seja melhor ou pior que a
sua. O respeito e a maturidade profissional devem falar mais alto
do que o nervosismo. Equilíbrio emocional e uma conduta educada
são importantes tanto para a empresa como para o profissional".
Gláucia
Santos - consultora de recursos humanos da Catho on-line.
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